E se Flusser explorasse cenários de realidade virtual? as quase-coisas em constructos imersivos e multissensoriais

Abstract

O artigo aborda a Realidade Virtual (RV), enquanto ambiente comunicacional, a partir dos conceitos de Flusser sobre imagem-técnica, linha e superfície, forma e matéria e mundos codificados nas particularidades das mídias sintéticas. O debate transporta o pensamento do filósofo tcheco para o contexto da RV, numa continuidade dos tensionamentos e articulações do seu debate sobre processos comunicacionais, dispositivos e não-coisas nas interfaces digitais, a partir de dois casos empíricos. Em suma, sugerem-se caminhos para o devir das tecnoexperiências com quase-coisas, numa paradoxal interpretação e decodificação dos significados contidos nas imagens computacionais sintéticas.

The article approaches Virtual Reality (VR), as a communicational environment, based on Flusser’s concepts about technical-image, lines and surfaces, form and matter, and encoded worlds in the particularities of synthetic media. The debate transports the Czech philosopher thoughts to the context of VR, in a continuity of tensions and articulations of his debate on communicational processes, devices and non-things in digital interfaces, based on two empirical cases. In short, paths for the coming of techno-experiences with quasi-things are suggested, in a paradoxical interpretation and decoding of the meanings contained in the computational synthetic images.