PICC em oncologia pediátrica : percepção da criança/adolescente e de sua família
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Data
2018Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
As crianças/adolescentes submetidos ao tratamento oncológico extra-hospitalar são Crianças Com Necessidades Especiais em Saúde (CRIANES) que necessitam de uma rede de apoio emocional e tecnológica para suprir suas necessidades durante todo o processo de tratamento e após alta hospitalar por tempo indeterminado. Principalmente, quando elas e sua família precisam de cuidados específicos em saúde, como o uso do cateter central de inserção periférica (PICC) para a continuidade do tratamento, o que ...
As crianças/adolescentes submetidos ao tratamento oncológico extra-hospitalar são Crianças Com Necessidades Especiais em Saúde (CRIANES) que necessitam de uma rede de apoio emocional e tecnológica para suprir suas necessidades durante todo o processo de tratamento e após alta hospitalar por tempo indeterminado. Principalmente, quando elas e sua família precisam de cuidados específicos em saúde, como o uso do cateter central de inserção periférica (PICC) para a continuidade do tratamento, o que pode ser um fator de instabilidade emocional e estressante para a CRIANES e sua família. O PICC é uma tecnologia indicada na terapia intravenosa quando se necessita de cuidados específicos com a rede venosa. Além disso, as particularidades fisiológicas e anatômicas do paciente são essenciais na escolha do acesso venoso central seguro. Especificamente, quando o seu uso é pediátrico e beneficia as crianças/adolescentes que necessitam dar continuidade à terapia infusional. A implementação do Ambulatório de Enfermagem no Cuidado a Cateter PICC vinculado ao Serviço de Enfermagem Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) demonstrou resultados efetivos referentes à manutenção do cateter. Por isso, surgiu a necessidade de se conhecer a percepção da criança e de seu familiar perante o uso do PICC, a fim de se obter subsídios para melhorar a qualidade de vida do paciente e de seu familiar no transcorrer do tratamento. Refere-se a um estudo Exploratório Descritivo, com abordagem qualitativa, vinculado ao projeto de desenvolvimento: Uso de Cateteres Venosos Centrais em Crianças e Adolescentes, o qual está sendo desenvolvido no Hospital de Clínicas e de Porto Alegre, RS no Ambulatório de Enfermagem no Cuidado a Cateter PICC do Serviço de Enfermagem Pediátrica. Foi utilizado um instrumento semiestruturado, composto por questões de caráter aberto para guiar as entrevistas com os participantes. As perguntas da pesquisa foram realizadas junto com a enfermeira que faz os cuidados com o PICC no ambulatório durante a manutenção do cateter. Foram realizadas ao todo vinte entrevistas, dentre elas: com dez crianças/adolescentes da oncologia pediátrica, que permaneceram com o cateter por pelo menos quinze dias, e com dez familiares/responsáveis, que os acompanharam desde a internação na unidade oncológica até a inserção do PICC e nas Consultas de Enfermagem no Ambulatório. Foi utilizado como princípio para definição do número de participantes, o critério de saturação das informações. As entrevistas foram gravadas e posteriormente, os diálogos foram transcritos e submetidos à análise temática de conteúdo proposta por Gomes (2012). Proporcionar o momento de escuta da criança/familiar oncológico possibilitou perceber aspectos como as mudanças no cotidiano e seus receios/medos sobre o uso do PICC; as vantagens e desvantagens da utilização do cateter e o vínculo formado pelo profissional que realiza a manutenção do PICC com o paciente, importante para a adesão desse paciente/familiar para a continuidade da terapia infusional segura, e melhorias na qualidade do cuidado. Por se tratar de uma atividade inédita no cenário do cuidado em Enfermagem Pediátrica, e a escassez de pesquisas que abordam a percepção da criança/adolescente familiar com o uso do PICC, a pesquisa proporcionou um momento de escuta à criança/adolescente e familiar e ainda, ampliação do conhecimento acerca do PICC na continuidade do tratamento fora da internação hospitalar, na perspectiva da transição do cuidado para o cotidiano no domicílio. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
Coleções
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TCC Enfermagem (1140)
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