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dc.contributor.authorKimmel, Michaelpt_BR
dc.contributor.authorGoulart, Fernanda Garciapt_BR
dc.contributor.authorRebechi, Rozane Rodriguespt_BR
dc.contributor.authorSiman, Josie Helenpt_BR
dc.date.accessioned2021-12-17T04:30:14Zpt_BR
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.issn1807-9873pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/233038pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho trata do fenômeno das metáforas que ocorrem de forma adjacente no texto, ou, em outras palavras, dos agrupamentos de metáforas, mas que não compartilham uma base cognitiva semelhante. Em geral, esses agrupamentos misturam ontologias e, por isso, não apresentam uma coerência passível de ser explicada como proveniente de uma única metáfora conceitual. Evidências disso provêm de um corpus britânico (periódicos Sun e Guardian) composto por 675 comentários de jornais acerca dos referendos de 2004/05 da União Europeia (2.574 metáforas no total). Em primeiro lugar, observamos que os jornalistas frequentemente combinam metáforas em argumentos complexos e bem formados, com 39% e 62% (respectivamente) de todas as metáforas ocorrendo em agrupamentos. Os dados também revelam, de forma ainda mais impressionante, que as metáforas misturadas ontologicamente correspondem a 76% de todos os agrupamentos, e que quase todas são diretamente compreensíveis. Isso põe em dúvida a visão das metáforas mistas como um uso estranho da língua. Defendemos que a mistura funciona porque as metáforas geralmente são inseridas em orações separadas, situadas em diferentes planos temporais, causais, relacionados ao falante ou às suas crenças. Consequentemente, não há uma pressão cognitiva forte para o processamento conjunto das metáforas, o que poderia resultar em um choque perceptível de imagens metafóricas. Assim, as misturas bem sucedidas são uma consequência natural da alternância da lógica das orações na argumentação complexa. Além disso, apresentamos uma tipologia qualitativa sobre como as metáforas em um mesmo agrupamento interagem na argumentação. Isso questiona a ideia de que as metáforas conceituais são um mecanismo de sustentação da coerência na sua essência. Enquanto as metáforas conceituais podem gerar uma “vinculação interna” em agrupamentos ontológicos coerentes, modelos complementares de “vinculação externa” são necessários para explicar os agrupamentos mistos (e, em última instância, para uma explicação completa sobre todos os tipos de argumentação baseados em metáforas).pt_BR
dc.description.abstractThe paper explores the phenomenon of metaphors that occur in close textual adjacency, i.e. as metaphor clusters, but do not share a similar cognitive basis. Clusters frequently mix ontologies and are thus devoid of coherence that can be explained as emerging from a single conceptual metaphor. Evidence to that effect comes from a British corpus (Sun and Guardian) of 675 newspaper commentaries covering the 2004/05 EU referenda (in all, 2574 metaphors). First, it turns out that journalists combine metaphors into complex, yet well-formed arguments on a regular basis, with 39% and 62% of all metaphors respectively occurring in clusters. Even more strikingly, the data reveals that ontologically mixed metaphors account for 76% of all clusters and that almost all of these are straightforwardly comprehensible. This challenges the view of mixed metaphor as awkward language usage. I argue that mixing works because metaphors are typically embedded in separate clauses situated at different temporal, causal, speaker, or belief-related conceptual planes. By consequence, no strong joint processing pressure arises that could result in a perceived clash of metaphorical imagery. Thus, felicitous mixing is a natural by-product of the shifting logic of clauses in complex argumentation. In addition, I present a qualitative typology of how clustering metaphors interact in argumentation. It calls into question the view that conceptual metaphors are the coherence-maintaining device par excellence. While conceptual metaphors may create ‘‘internal binding’’ in ontologically coherent clusters, complementary ‘‘external binding’’ models are needed to explain the mixed clusters (and ultimately for a full explanation of all kinds of metaphor-based argumentation).en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.relation.ispartofCadernos de tradução (Porto Alegre). Porto Alegre, RS. N. 46 (2021), p. 52-87pt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectMixed metaphoren
dc.subjectLingüística cognitivapt_BR
dc.subjectMetaphor clustersen
dc.subjectTraduçãopt_BR
dc.subjectPolitical argumentationen
dc.subjectMetáforapt_BR
dc.subjectEstudos de traduçãopt_BR
dc.subjectDiscourse coherenceen
dc.subjectConceptual metaphor theoryen
dc.subjectDiscursopt_BR
dc.subjectSoftware-assisted metaphor analysisen
dc.titlePor que misturamos as metáforas (e misturamos bem) : coerência discursiva, metáfora conceitual e alémpt_BR
dc.title.alternativeWhy we mix metaphors (and mix them well) : discourse coherence, conceptual metaphor, and beyonden
dc.typeArtigo de periódicopt_BR
dc.identifier.nrb001134857pt_BR
dc.type.originNacionalpt_BR


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