A política externa da Indonésia no seculo XXI : a balança de poder dp indo-pacífico em perspectiva
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2021Author
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Abstract in Portuguese (Brasil)
O presente trabalho tem por objetivo analisar a política externa da Indonésia ao longo do século XXI e, em paralelo, descobrir o que este comportamento indica sobre a balança de poder do Indo-Pacífico no período. Este esforço é especialmente importante dado que não há um consenso sobre a polaridade estabelecida na região no final da Guerra Fria e, além disso, existem previsões sobre uma possível mudança sistêmica em curso influenciada pela ascensão da China e pelo consequente acirramento das te ...
O presente trabalho tem por objetivo analisar a política externa da Indonésia ao longo do século XXI e, em paralelo, descobrir o que este comportamento indica sobre a balança de poder do Indo-Pacífico no período. Este esforço é especialmente importante dado que não há um consenso sobre a polaridade estabelecida na região no final da Guerra Fria e, além disso, existem previsões sobre uma possível mudança sistêmica em curso influenciada pela ascensão da China e pelo consequente acirramento das tensões sino-estadunidenses. Assim, pretende-se compreender os impactos desses constrangimentos na atuação Indonésia, país que desde a independência atua sob a visão de uma política externa ativa e independente. De tal forma, o presente trabalho utiliza-se dos pressupostos do realismo estrutural, das teorias referentes ao comportamento de balanceamento dos países pequenos e médios e do método de análise do realismo neoclássico. A partir das análises, conclui-se que, durante o governo de Susilo Bambang Yudhoyono (2004- 2014), a estratégia adotada pela política externa da Indonésia caracterizou pelo engajamento (binding) e não-alinhamento perante as grandes potências do sistema, China e EUA. Esse comportamento, por sua vez, corrobora com as percepções de que a balança de poder instaurada no Indo-Pacífico no pós-Guerra Fria, até a primeira década do século, foi a multipolaridade. Por outro lado, o segundo argumento entende que a partir do governo de Joko Widodo (2015- presente), a atuação regional e internacional do país pode ser caracterizada como um movimento de hedging, que é reconhecido como uma estratégia adotada perante ameaças de uma mudança sistêmica. Assim, este comportamento indica que pode estar ocorrendo uma mudança da polaridade regional, impulsionada pela ascensão chinesa e o paralelo acirramento das tensões sino-estadunidenses. ...
Abstract
The present work aims to analyze the foreign policy of Indonesia throughout the 21st century and, in parallel, to discover what this behavior indicates about the balance of power of the IndoPacific in the period. This effort is especially important given that there is no consensus on the polarity established in the region after the Cold War and, in addition, there are predictions about a possible ongoing systemic change influenced by the rise of China and the consequent intensification of chine ...
The present work aims to analyze the foreign policy of Indonesia throughout the 21st century and, in parallel, to discover what this behavior indicates about the balance of power of the IndoPacific in the period. This effort is especially important given that there is no consensus on the polarity established in the region after the Cold War and, in addition, there are predictions about a possible ongoing systemic change influenced by the rise of China and the consequent intensification of chinese-american tensions. Thus, it is intended to understand the impacts of these constraints on Indonesia's policy, a country that since its independence has acted under the vision of an active and independent foreign policy. In such a way, the present work uses the assumptions of structural realism, the theories regarding the balancing behavior of small and medium countries and the method of analysis of neoclassical realism. From the analysis, it is concluded that, during the government of Susilo Bambang Yudhoyono (2004-2014), the strategy adopted by the foreign policy of Indonesia was characterized by engagement and non-alignment with the great powers of the system, China and USA. This behavior, in turn, corroborates with the perceptions that the balance of power established in the Indo-Pacific in the post-Cold War, until the first decade of the century, was multipolarity. On the other hand, the second argument understands that in the government of Joko Widodo (2015-present), the country's regional and international performance can be characterized as a hedging strategy, which is recognized as a movement adopted in the face of threats of a systemic change. Thereby, this behavior indicates that there may be occoruing a change in regional polarity, driven by the Chinese rise and the parallel intensification of chinese-american tensions. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Ciências Econômicas. Curso de Relações Internacionais.
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