A melancolia no campo das políticas contemporâneas : um exercício memorialístico a partir das Jornadas de junho

Abstract

Este trabalho versa sobre a nossa relação com tempo, com a memória, no que perdura de uma experiência nas manifestações sociais de Junho, 2013. Perguntamo-nos “O que fazemos com isso?”. Para tanto, utiliza-se da melancolia, do luto, do amor fati, do ressentimento, da força plástica, da duração como diferentes operadores de distintas éticas com o tempo, na esteira de pensar essa duração que ressoa 1968, 2013 e 2018 em 2020. A partir dos autores Michel Foucault e Friedrich Nietzsche, parte de conceitos que se localizam na estética da existência, no campo da modernidade, a fim de afirmar um exercício de cuidado de si que vise a transformação, a produção de outros contornos a uma experiência. Aposta-se em uma escrita ensaística que une narrativas ficcionais e texto analítico, os quais seguem uma linha que atravessa o trabalho compondo uma montagem possível por meio de um exercício memorialístico da própria autora.