Geoprocessamento na gestão de organizações do terceiro setor: o caso dos Escoteiros do Brasil, Porto Alegre, RS

Abstract

A espacialização de informações é uma ferramenta cada vez mais necessária a instituições (em específico, nesta análise, as de terceiro setor) que visem o planejamento de ações que repercutam na escala local. Com isso, a partir do cruzamento de dados espaciais, torna-se possível criar estratégias para qualificar a realidade e os impactos dessas organizações na comunidade. Nesse sentido, esta reflexão busca propor novas ferramentas de gestão administrativa ao movimento escoteiro cujo objetivo é tornar-se a maior organização de educação não-formal do mundo. A intenção é de que, a partir da espacialização de dados socioeconômicos, seja possível construir novas formas de atuação dentro do escotismo, focadas na realidade das comunidades em que os grupos escoteiros estejam inseridos. Antes, porém, mostra-se necessário aprofundar o debate acerca de que tipo de impacto social o escotismo pretende ter na sociedade. Para isso, o movimento deve entender que, para construir uma cultura de impacto positivo, é necessário aliar as ferramentas de gestão inclusas as de geoprocessamento e o interesse por assumir seu papel enquanto agente de mudança social. É nesse sentido, por fim, que se constroem as análises aqui presentes, com a intenção de oportunizar a reflexão e de mostrar soluções possíveis para essas problemáticas.

The spatialization of information is an increasingly necessary tool for institutions (specifically, in this analysis, the third sector) that aim at the planning of actions that affect the local scale. Thus, from the intersection of spatial data, it becomes possible to create strategies to qualify the reality and impacts of these organizations on the community. In this sense, this reflection seeks to propose new administrative management tools to the Boy Scout movement - whose goal is to become the largest non-formal education organization in the world. The intention is that, based on the spatialization of socioeconomic data, it will be possible to build new forms of action within Scouting, focused on the reality of the communities in which the Boy Scout groups are inserted. First, however, it is necessary to deepen the debate about what kind of social impact Scouting intends to have on society. For this, the movement must understand that, in order to build a culture of positive impact, it is necessary to combine management tools - including those of geoprocessing - and the interest in assuming their role as agents of social change. Finally, it is in this sense that the analyzes presented here are constructed, with the intention of providing an opportunity for reflection and to show possible solutions to these problems.