Narrativas e ficção : traçando interseccionalidades no acolhimento institucional de crianças e adolescentes

Abstract

Tá babado, viado! Somos aqui um trabalho de conclusão de curso que (tenta) fugir dos moldes hegemônicos da academia. Neste sentido, costuramos inspirações e histórias na produção de conhecimento em Psicologia Social. Nosso objetivo é discutir como se opera a interseccionalidade nos serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes a partir da construção de narrativas ficcionais. Bom, é uma gambiarra! Misturamos arte e produção de conhecimento em busca de um trabalho acadêmico menos impessoal, objetivo e formal. Desta forma, seremos um trabalho sobre histórias, teremos histórias do começo ao fim. Precisamos contar essas histórias. Precisamos exaltar a nossa cultura. Precisamos contar histórias de pessoas que estão inscritas numa trama de relações de poder fortemente hierarquizada e caracterizada pelo sexismo, racismo, cissexismo, heterossexismo, preconceito de classe e muitos outros. As histórias não são únicas, já diria a Chimamanda. Precisamos contar histórias. E falando em Chimamanda Ngozi Adichie, ela assim como a Conceição Evaristo, são as estrelas do meu trabalho. Da mesma forma, essas narrativas também dizem de lugares que fizeram parte de mim, principalmente (ou inclusive) dos abrigos em que realizei meus estágios. Isso não quer dizer que as narrativas são sobre os lugares que passei ou sobre acolhidos/as com quem trabalhei. Meus personagens têm uma força que vem desde o nome. Aqui fica o convite para navegar neste trabalho e principalmente nas narrativas, pois este foi realizado com muito carinho e estou cheio de orgulho desta empreitada!