Trajetória histórica da Feira de Agricultores Ecologistas (FAE) no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul : potencialidades e limitações
dc.contributor.advisor | Coelho-de-Souza, Gabriela | pt_BR |
dc.contributor.author | Hüning, Alexandre Luís | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2019-08-08T14:57:34Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2017 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/197709 | pt_BR |
dc.description.abstract | Destacada pelo pioneirismo da Agroecologia no Brasil, a Feira de Agricultores Ecologistas (FAE) promove o consumo de alimentos saudáveis e o desenvolvimento da agricultura familiar por meio das cadeias curtas de comercialização. Neste contexto, o objetivo geral centrou-se em compreender a trajetória histórica da constituição da Feira de Agricultores Ecologistas (FAE), identificando as potencialidades e limitações na realização dos princípios da agroecologia em seus períodos. Para tanto, os objetivos específicos delineados foram: (1) periodizar a constituição da FAE, ressaltando as transformações ocorridas; (2) Analisar as potencialidades e limitações dos diferentes períodos de constituição da FAE na realização dos princípios da agroecologia. Foi utilizada metodologia qualitativa, de natureza exploratória, onde foram realizadas oito entrevistas semiestruturadas com produtores, consumidores, fundadores e técnicos que estiveram presentes e ainda estão envolvidos, direta ou indiretamente, com a FAE. Foram identificados dois períodos bem definidos, o primeiro, cooperativista--reciprocidade, de 1989 a 2005, e o segundo, certificações-produtividade, a partir de 2006. O primeiro com a forte influência da cooperativa, mediando as relações da cooperativa com outras instâncias de gestão, buscando articular a produção dos agricultores cooperativados à feira, restaurante e ponto de comercialização, e buscando o incentivo da comercialização in natura no momento da safra e de alimentos processados na entressafra, com isso incentivando a agroindustrialização dos agricultores cooperativados. Neste período, a relação entre os agricultores e consumidores era bastante estreita, reforçando as relações de reciprocidade e confiança, tendo os princípios da agroecologia como as diretrizes-guia. O segundo período inicia após o fechamento da Coolméia, por problemas de má gestão. A gestão da FAE passa ao encargo dos produtores, seguindo com a mesma estrutura de governança da feira. Também sob a influência da lei dos orgânicos, que exigiu uma maior dedicação aos processos participativos de certificação entre os agricultores de uma mesma região, o que acarretou em um distanciamento dos agricultores de diferentes grupos. Os processos de certificação, junto com o aumento da demanda de produtos orgânicos, levaram os agricultores a voltarem-se a uma maior produtividade e competitividade, elevando os princípios da produtividade como os de maior importância no processo de governança a FAE. Considera-se que os desafios de demanda pela produção de alimentos agroecológicos e os processos de certificação, levaram a um afastamento de uma relação pautada na reciprocidade e nos princípios da agroecologia com os consumidores. Para balancear esta relação, sugere-se a retomada dos princípios iniciais da feira no momento atual, como forma de fortalecer o movimento agroecológico no Rio Grande do Sul. | pt_BR |
dc.description.abstract | Highlighted by the pioneering of Agroecology in Brazil, the Fair of Ecological Farmers (FAE) promotes the consumption of healthy food and the development of family farming through short marketing chains. In this context, the general objective was focused on understanding the historical trajectory of the Ecological Farmers Fair (FAE), identifying potentialities and limitations in the implementation of the principles of agroecology in its periods. To do so, the specific objectives outlined were: (1) periodize the constitution of the FAE, highlighting the transformations that occurred; (2) To analyze the potentialities and limitations of the different periods of establishment of the FAE in the implementation of agroecology principles. A qualitative, exploratory method was used, where eight semi-structured interviews were conducted with producers, consumers, former founders and technicians who were present and are still directly or indirectly involved with FAE. Two well defined periods were identified: the first, cooperativist - reciprocity, from 1989 to 2005, and the second, certifications-productivity, from 2006. The first with the strong influence of the cooperative, mediating the cooperative's relations with other instances aiming to articulate the production of the cooperative farmers to the fair, restaurant and marketing point, and seeking the encouragement of in natura commercialization at the time of harvest and processed foods in the off season, thereby encouraging the agroindustrialization of cooperative farmers. In this period, the relationship between farmers and consumers was very close, reinforcing relations of reciprocity and trust, and the principles of agroecology as guiding guidelines. The second period begins after the closure of Coolméia, due to problems of mismanagement. The management of the FAE goes to the responsibility of the producers, following with the same structure of governance of the FAE. Also under the influence of the organic law, which required a greater dedication to participatory certification processes among farmers in the same region, which led to a distancing of farmers from different groups. Certification processes, coupled with increased demand for organic products, have led farmers to return to greater productivity and competitiveness, raising productivity principles as the most important in the governance process for the SAF. The challenges of demand for agro-ecological food production and certification processes are seen as leading to a shift away from reciprocity and the principles of agroecology to consumers. In order to balance this relationship, it is suggested to resume the principles of agroecology at the present time, as a way to strengthen the agroecological movement in Rio Grande do Sul. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Feira livre | pt_BR |
dc.subject | Healthy foods | en |
dc.subject | Produtor rural | pt_BR |
dc.subject | Short chains | en |
dc.subject | Porto Alegre (RS) | pt_BR |
dc.subject | Principles of agroecology | en |
dc.subject | Coolméia | en |
dc.subject | Cooperativism | en |
dc.title | Trajetória histórica da Feira de Agricultores Ecologistas (FAE) no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul : potencialidades e limitações | pt_BR |
dc.type | Trabalho de conclusão de graduação | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | Silva, Tamara Raísa Bubanz | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001088900 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Faculdade de Ciências Econômicas | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2017 | pt_BR |
dc.degree.graduation | Desenvolvimento Rural: Bacharelado | pt_BR |
dc.degree.level | graduação | pt_BR |
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