Estratégias empreendidas na formação de vínculos por profissionais de saúde para usuários portadores de doenças crônicas não transmissíveis residentes na região rural

Abstract

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis são consideradas um grave problema de saúde pública no mundo. No Brasil, as doenças cardiovasculares e respiratórias, neoplasias e diabetes foram responsáveis por 68,3% do total de óbitos. Essas doenças demandam tratamento contínuo e forte vínculo, o que é realizado, frequentemente, na Atenção Primária, que em zonas rurais, regularmente, é o local mais próximo para atendimento dos usuários. O estudo teve como objetivo avaliar as estratégias empreendidas na formação de vínculos de profissionais de unidades básicas de saúde com usuários portadores de doenças crônicas não transmissíveis residentes na Região Rural Metropolitana de Porto Alegre/RS. Estudo do tipo transversal, descritivo, exploratório, de caráter qualitativo. Os dados foram coletados por entrevistas com coordenadores de unidades básicas de saúde de zonas rurais das cidades de Gravataí e Viamão e analisados por meio do referencial da análise de conteúdo. Os resultados obtidos referem que o principal meio para realizar o vínculo com os usuários é o Agente Comunitário de Saúde e o acolhimento, tento como barreiras dificultadoras a estrutura física da unidade, falhas na comunicação e de conhecimentos, tanto da população quanto dos profissionais, o que culmina na não adesão ao tratamento dos usuários. Concluiu-se que os profissionais necessitam de maior tempo e foco na realização de estratégias para formação de vínculo e, muitas vezes, não compreendendo a questão cultural da região rural, fazendo com que o Agente comunitário seja o único responsável pela formação de vínculo.