Ação e liberdade em O ser e o nada de J.-P. Sartre
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2018Author
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Graduation
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Abstract in Portuguese (Brasil)
A ação humana recebe em O ser e o nada uma fundamentação pela liberdade. Partindo da negação proporcionada pela consciência, isso permitirá que se aja sempre através de uma ruptura com o dado. Nessas circunstâncias, Sartre trará à liberdade uma compreensão bastante peculiar. Seu percurso argumentativo é traçado aqui desde a inferência da intencionalidade da ação – ou seja, na ideia de que todo ato tem por base um não-ser, exigindo assim uma projeção de um estado futuro ainda não existente –, cu ...
A ação humana recebe em O ser e o nada uma fundamentação pela liberdade. Partindo da negação proporcionada pela consciência, isso permitirá que se aja sempre através de uma ruptura com o dado. Nessas circunstâncias, Sartre trará à liberdade uma compreensão bastante peculiar. Seu percurso argumentativo é traçado aqui desde a inferência da intencionalidade da ação – ou seja, na ideia de que todo ato tem por base um não-ser, exigindo assim uma projeção de um estado futuro ainda não existente –, culminando na análise da liberdade como rompimento ou nadificação do que nos é dado no mundo (facticidade). Com isso será possível entender como constituímos quem somos a partir de nossos atos, fazendo-nos ser por meio de um projeto fundamental de nós mesmos. Isso porque ser, para o homem, é fazer-se ser. Assim, finalmente, será indicado que nossa ação está necessariamente voltada a um projeto fundamental que fazemos de nós mesmos, uma vez que essa liberdade precisa ser sempre minha, em que pese a motivação de seus atos provirem de uma consciência que deve ser negação das possibilidades impostas, seja pelo dado, seja por outras realidades-humanas. Ser livre, para Sartre, é autodeterminar-se por um projeto de si realizado em meio ao mundo. ...
Résumé
L’action humaine reçoit, dans L’être et le néant, un fondement de liberté. En partant de la négation fournie par la conscience, cela permettra d’expliquer que l’action se fait toujours à travers une rupture du donné. Dans ces circonstances, Sartre apportera à la liberté une compréhension tout à fait originelle. On accompagnera, dans le cadre de ce travail, son circuit argumentatif dès l'inférence de l'intentionnalité de l’action – c’est-à-dire l’idée que tout acte est basé sur un non-être, exig ...
L’action humaine reçoit, dans L’être et le néant, un fondement de liberté. En partant de la négation fournie par la conscience, cela permettra d’expliquer que l’action se fait toujours à travers une rupture du donné. Dans ces circonstances, Sartre apportera à la liberté une compréhension tout à fait originelle. On accompagnera, dans le cadre de ce travail, son circuit argumentatif dès l'inférence de l'intentionnalité de l’action – c’est-à-dire l’idée que tout acte est basé sur un non-être, exigeant ainsi la projection d’un état futur pas encore réalisé – et on culminera à l’analyse de la liberté en tant que rompement ou néantisation de ce qui nous est donné dans le monde (facticité). Il sera alors possible de comprendre comment nous constituons qui nous sommes à partir de nos actes, nous faisant être par un projet fondamental de nous-mêmes : car être, pour l’homme, c’est se faire être. Ainsi, finalement, on indiquera que notre action est nécessairement tournée vers un projet fondamental que nous faisons de nous-mêmes, puisqu’il faut que cette liberté soit toujours mienne, quoique la motivation de ses actes provienne d’une conscience qui doit être la négation des possibilités imposées, soit par le donné, soit par d’autres réalités-humaines. Être libre, pour Sartre, c'est s'autodéterminer par un projet de soi réalisé au milieu du monde. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de Filosofia: Bacharelado.
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