Quem reivindica a identidade?

Abstract

Tomo a narrativa de uma experi ência como moldura e tema para tecer considerações sobre as condi- ções em que são gerados discursos de exclusão no campo dos estudos literários e sobre seu impacto negativo no ensino da literatura, uma vez que tais discursos estão pressupostos numa concepção homogênea e totalizadora de identidade nacional. Tal concepção desconsidera os avanços do conhecimento sobre a produção literá- ria brasileira do século XIX e desautoriza textos produzidos às margens do cânone, fomentando discriminações e preconceitos incompatíveis com a noção de uma educação libertária e emancipatória.

I take the narrative of an experience as frame and theme to consider the conditions under which exclusionary discourses in the literary field are produced and about their negative impact in the teaching of literature as they assume an homogeneous and totalizing concept of national identity. Such an assumption does not consider the advances of knoweldge on the Brazilian literary production of the XIX century e deauthorize texts produced at the margins of the canon, feeding on discriminations and prejudices incompatible with the notion of a libertarian and emancipatory education.