Avaliação da rugosidade superficial de uma resina acrílica quimicamente ativada e uma resina bisacrílica

Abstract

A confecção de coroas provisórias, uma etapa essencial na reabilitação com prótese fixa parcial, tem o propósito de proteger os tecidos duros e moles, de acordo com suas propriedades mecânicas, biológicas e estéticas. A rugosidade superficial de uma resina é um parâmetro relevante, pois influencia diretamente na saúde dos tecidos periodontais. Este trabalho avaliou a rugosidade superficial de uma resina acrílica ativada quimicamente (RAAQ) após diferentes técnicas de manipulação e uma resina Bisacrílica, ambas utilizadas para confecção de coroas provisórias. Foram confeccionadas matrizes de silicone de 20x10x3mm para obtenção dos corpos de prova. Estes formaram 4 grupos: Grupo Panela, Grupo Pincel, Grupo Fabricante e Grupo Bisacrílica (n=12). Após a polimerização, foram realizadas 3 leituras longitudinais e 3 transversais, na superfície dos espécimes, com auxílio de um rugosímetro digital. As leituras foram realizadas antes e após acabamento e polimento dos corpos de prova em Politriz Metalográfica. Os valores de rugosidade foram somados e criada uma média para cada corpo de prova, os quais foram somados novamente dentro do seu grupo criando uma média e desvio padrão, antes e após o polimento. Os dados foram submetidos a ANOVA a 2 critérios e Sidak's multiple comparisons test (P<0,05) no programa estatístico SYSTAT 13 (SYSTAT Software, San Jose, CA, USA). Os resultados mostram que há influência da técnica de manipulação e do tipo de resina acrílica na rugosidade superficial. Dentre os grupos, Bisacrílica demonstrou menores valores de rugosidade, porém os outros grupos demonstraram uma melhora da rugosidade superficial após o polimento. Estes resultados mostraram que há uma influência direta da técnica de manipulação e da marca comercial na rugosidade superficial, demonstrando que existe a necessidade de um polimento para as resinas acrílicas atingiram uma rugosidade ideal, independente do tipo de técnica e marca comercial, o que não ocorre com a resina bisacrílica.

The fabrication of temporary crowns, an essential step in rehabilitation with fixed partial denture, is intended to protect the hard and soft tissues, according to their visual, biological and mechanical properties. The surface roughness is a relevant parameter, as it influences directly on the health of periodontal tissues. This work evaluated the surface roughness of a chemically activated acrylic resin in different techniques of manipulation, and an bisacryl resin used for making temporary crowns. A 20x10x3mm matrix of silicon were made to obtain the specimens. These formed four groups: Pan Group, Brush Group, Manufacturer Group and Bisacryl Group (n = 12). After polymerization, 3 longitudinal and 3 transversal readings were made with the aid of a digital rugosimeter. The readings were repeated after finishing and polishing of specimens in Metallographic polishing machine. The roughness values were added and created an average for each body of proof, which were added again within your group by creating an average and standard deviation, before and after polishing. The data were submitted to ANOVA to 2 Sidak's benchmarks and multiple comparisons tests (P < 0.05) in the statistical software SYSTAT 13 (SYSTAT Software, San Jose, CA, USA). The results showed that there is influence of handling technique and type of acrylic resin on surface roughness properties. Among the groups, Bisacryl demonstrated smaller values of roughness, however other groups have shown an improvement of surface roughness after they were polished. These results showed that there is a direct influence of manipulation technique and trademark in surface roughness, demonstrating that there is a need of a polish for acrylic resins reached an optimal roughness, regardless of the technical and commercial brand, which does not occur with bisacryl resin.