Comparação entre duas técnicas de alongamento, estático e facilitação neuromuscular proprioceptiva, na flexibilidade dos isquiotibiais de adultos jovens sedentários e recreacionalmente ativos : revisão sistemática e metanálise

Abstract

O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos dos alongamentos estático e facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) na flexibilidade de isquiotibiais de adultos jovens sedentários e recreacionalmente ativos por meio de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e metanálise, e avaliar se os resultados permanecem os mesmos quando os alongamentos são aplicados de forma aguda ou crônica. A busca incluiu as bases de dados Cochrane CENTRAL, MEDLINE (via Pubmed), Lilacs e PEDro, além de busca manual. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que tivessem como participantes adultos jovens sedentários e/ou recreacionalmente ativos e como intervenção a comparação entre alongamentos estático e FNP. O desfecho avaliado foi a flexibilidade de isquiotibiais. Dos 707 artigos encontrados, 15 foram incluídos na revisão sistemática e nove na metanálise. Os resultados mostram que não há diferença significativa para ganho de amplitude de movimento entre os alongamentos. Os resultados dos estudos que utilizaram teste para articulação do quadril são: análise geral (-1,31; IC95%: -7,59 a 4.97), efeito agudo (-3,32; IC95%: -11,58 a 4,93) e efeito crônico (0,26; IC95%: -10,32 a 10,84). Os resultados dos testes para articulação do joelho são: análise geral, 90° igual a 0° (-0,97; IC95%: -3,31 a 1,37) e extensão completa igual a 0° (2,50; IC95%: -2,71 a 7,70); extensão ativa de joelho (-1,88; IC95%: -5,16 a 1,39). Conclui-se que não há diferença para ganho de flexibilidade de isquiotibiais entre os alongamento estático e FNP e, portanto, na prática ambos podem ser utilizados durante a reabilitação ou treinamento físico com este fim.

The aim of the study was to compare the effects of static stretching and the proprioceptive neuromuscular facilitation (PNF) stretching on hamstring flexibility in sedentary and recreationally active young adults through a systematic review of randomized clinical trials and metanalysis, and to evaluate if the results remain the same when stretches are applied in acute or chronic way. The search included the databases Cochrane CENTRAL, MEDLINE (via Pubmed), Lilacs e PEDro, and manual search. Randomized clinical trials were included if they had sedentary and recreationally active young adults as participants and comparison between static and PNF stretching as intervention. The evaluated outcome was hamstring flexibility. Of the 707 studies found, 15 were included in the systematic review and nine on the metanalysis. Results show that there is no significant difference for range of motion gain between the stretches. Results from studies that used hip joint test are: general analysis (-1.31; CI95%: -7.59 to 4.97), acute effect (-3.32; CI95%: -11,58 to 4.93) and chronic effect (0.26; IC95%: -10.32 a 10.84). For those which used knee joint test, results are: general analysis, 90° equals 0° (-0.97; CI95%: -3.31 to 1.37) and full extension equals 0° (2.50; CI95%: -2.71 to 7.70); active knee extension (-1.88; CI95%: -5.36 to 1.39). It is concluded that there is no difference to hamstring flexibility gain between static and PNF stretching. Therefore, in practice both can be used during rehabilitation or physical training for this purpose.