Análise da crise subprime de acordo com as finanças comportamentais

Abstract

Recentemente o mundo presenciou o que foi a maior crise econômica contemporânea desde a Grande Depressão de 1929, a crise Subprime de 2008. Esta crise foi causada por uma bolha especulativa no mercado imobiliário, através da concessão de hipotecas a mutuários de alto risco. A elegante Teoria Econômica Neoclássica - amplamente difundida e aplicada no âmbito econômico - se mostra ineficaz em prever e explicar a existência de tal anomalia, ao pressupor a eficiência da economia de mercado, através da autorregulação da mesma e do princípio de racionalidade substantiva dos agentes. As Finanças Comportamentais surgem como uma teoria alternativa e complementária, que busca a explicação de tais anomalias financeiras. Sua abordagem tem como base a influência de aspectos psicológicos e cognitivos sobre o comportamento e a tomada de decisão de agentes econômicos, que provocam vieses de julgamento, capazes de interferir no curso da Economia.

Recently the world witnessed what was the greatest contemporary economic crisis since the Great Depression of the 1929s, the subprime crisis of 2008. This crisis was caused by a speculative bubble in the real estate market through the granting of mortgages to high-risk borrowers. The elegant Neoclassical Economic Theory - widely diffused and applied in the economic sphere - proves ineffective in predicting and explaining the existence of such anomaly, by presupposing the efficiency of the market economy, through its self-regulation and the principle of full rationality of agents. Behavioral Finance appears as an alternative and complementary theory, which seeks to explain such financial anomalies. Its approach is based on the influence of psychological and cognitive aspects on the behavior and decision making of economic agents, which cause biases of judgment, capable of interfering in the course of the Economy.