“Não é a gente que escolhe a vida, é a vida que escolhe a gente”: educação física e vulnerabilidade social em uma escola de EJA da rede municipal de ensino de Porto Alegre/RS
dc.contributor.advisor | Bossle, Fabiano | pt_BR |
dc.contributor.author | Goldschmidt Filho, Francisco | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2017-08-11T02:37:51Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2017 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/165139 | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta dissertação de mestrado acadêmico tem por objetivo a compreensão da cultura discente em uma escola de Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, destinada ao atendimento de alunos em vulnerabilidade social, muitos em situação de rua. Para tanto, a questão norteadora que a pesquisa se propôs a responder ficou assim definida: Como são compartilhados os aspectos simbólicos da cultura de alunos em vulnerabilidade social nas aulas de Educação Física em uma escola da modalidade de Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre? Sendo assim, neste estudo de natureza qualitativa, foi feita a eleição pelo estudo de caso etnográfico (MOLINA, 2004) por compreender que esse seria o melhor desenho de investigação para conferir profundidade à interpretação dos aspectos simbólicos compartilhados por um público muito particular. O trabalho de campo teve a duração de um ano letivo (março a dezembro de 2016) e contou com os seguintes instrumentos de coleta das informações: observação participante, diários de campo, diálogos, entrevistas semiestruturadas e análise de documentos. As observações eram realizadas quatro turnos por semana, duas no turno da manhã com as Totalidades Iniciais do Conhecimento e duas no turno da tarde com as Totalidades Finais do Conhecimento. Foram feitas observações nas aulas de Educação Física, no pátio da Escola, na entrada e saída dos estudantes da mesma, bem como no refeitório nos horários de intervalo e almoço. Para me auxiliar a responder ao problema de pesquisa, duas categorias de análise foram construídas, a primeira intitulada “Uma identidade marginal” e a segunda “‟Que Educação Física estranha‟: a cultura discente nas aulas de EFI - concepções e entendimentos da disciplina”. Essas duas categorias me auxiliaram na compreensão de que esta instituição possui aspectos simbólicos relevantes compartilhados pelos estudantes aos quais se destina. Assim, pude interpretar que o contexto macrossocial no qual os estudantes desta escola estão inseridos por vezes se reflete em suas atitudes no contexto microssocial, ou seja, nos aspectos simbólicos compartilhados na Escola e, de forma mais específica, nas aulas de Educação Física. Dois conceitos puderam ser destacados como sendo presentes durante todo o trabalho de campo, a violência e a concepção de marginalidade. No que compete às manifestações de violência, interpreto a simbólica (BOURDIEU, 1989; FREIRE 1979; 2015a) como mais representativa para as situações observadas no estudo, mas podendo destacar ainda a violência de gênero como muito presente também. Com relação à noção de marginalidade, esta localizei em Freire (1979) como sendo uma posição de dependência na estrutura social em relação às classes dominantes, na qual interpreto que tanto a Escola quanto os estudantes investigados ocupam. | pt |
dc.description.abstract | This dissertation aims to understand the students' culture in a School for Youths and Adults of the Municipality of Porto Alegre, Rio Grande do Sul, wich has the purpose of attending students in social vulnerability, many of them being homeless. To achieve this goal the question that this study proposes to answer is defined thereby: How the symbolic aspects of socially vulnerable students' culture are shared in Physical Education classes of a school for Youths and Adults of the Municipal Education System of Porto Alegre? In this qualitative study, an ethnographic case study was chosen (MOLINA, 2004) because it's understood that it would provide a better research picture and give a more in depth interpretation of the symbolic aspects shared by a very particular public. One academic year was dedicated for fieldwork (March to December 2016) and the following tools were applied for information collection: participant observation, field diaries, dialogues, semi-structured interviews and document analysis. The observations were performed four shifts per week, two in the morning shift with the Initial Knowledge Totalities and two in the afternoon shift with the Final Knowledge Totalities. Observations were made during Physical Education classes in School's courtyard as well as during the students' entrance and exit of school and in the cafeteria during breaks and lunchtime. In order to help me answer the research problem, two categories of analysis were established: the first one entitled "A marginal identity" and the second one "What a strange physical education: the student culture in EFI classes - conceptions and understandings of the discipline". This two categories helped me to understand that this institution of education has relevant symbolic aspects that are shared by its students. Thus, I conclude that the macro social context in which this school's students are inserted are sometimes reflected in their attitudes in the micro social context, i.e., in the symbolic aspects shared at School and, more specifically, at Physical Education classes. Two concepts can be highlighted as being present throughout the fieldwork: violence and the conception of criminality. In what regards to manifestations of violence I understand that the symbolic aspects (BOURDIEU, 1989; FREIRE 1979; 2015a) are more representative of the situations observed in this study, on the other hand gender violence was present as well. According to Freire (1979) the concept of criminality is a condition that involves dependency on social structure related to dominant classes, which I observed as present in both parties: School and the students of this study. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Physical Education at School | en |
dc.subject | Educação física escolar | pt_BR |
dc.subject | Ethnographic Case Study | en |
dc.subject | Estudo de caso | pt_BR |
dc.subject | Social Vulnerability | en |
dc.subject | Etnografia | pt_BR |
dc.subject | Scholar Culture | en |
dc.subject | Educação de jovens e adultos | pt_BR |
dc.subject | Education of Youths and Adults | en |
dc.subject | Vulnerabilidade social | pt_BR |
dc.title | “Não é a gente que escolhe a vida, é a vida que escolhe a gente”: educação física e vulnerabilidade social em uma escola de EJA da rede municipal de ensino de Porto Alegre/RS | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001044275 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2017. | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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Ciências da Saúde (9093)