Psicanálise: profissão impossível (?) : possibilidades de uma prática clínica determinada pelo desejo
Fecha
2016Tutor
Nivel académico
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Tipo
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Resumo
Ao se contrapor o desejo de analista com o desejo de ser analista, retorna-se de algum modo ao comentário de Freud (1937/1996) de que seria a psicanálise uma profissão impossível. Neste caso, o que haveria de se colocar na prática como impossível da profissão? E, já que tal prática é determinada pelo desejo, quais suas possibilidades? Assim, o presente estudo tem como objetivo compartilhar impressões sobre a construção de uma escuta pautada pelo desejo de analista. Por meio de uma revisão bibli ...
Ao se contrapor o desejo de analista com o desejo de ser analista, retorna-se de algum modo ao comentário de Freud (1937/1996) de que seria a psicanálise uma profissão impossível. Neste caso, o que haveria de se colocar na prática como impossível da profissão? E, já que tal prática é determinada pelo desejo, quais suas possibilidades? Assim, o presente estudo tem como objetivo compartilhar impressões sobre a construção de uma escuta pautada pelo desejo de analista. Por meio de uma revisão bibliográfica articulada com a experiência, procura-se convidar à reflexão e fomentar o debate corrente sobre este assunto, a partir de uma trajetória percorrida na universidade, comprometida com a formação clínica a partir de referenciais próprios da psicanálise. Por este motivo, um percurso acadêmico, em sua singularidade, pode ter alguns efeitos semelhantes aos de uma formação psicanalítica, apesar de não ser um substitutivo à participação em instituições psicanalíticas, que oferecem um contexto próprio para tal formação e possibilitam outros efeitos de transmissão distintos daqueles que eventualmente se produzam no meio universitário. Esta pesquisa, porém, não se propõe a abranger a questão da impossibilidade ou não da psicanálise como profissão em toda a sua complexidade. Assim, seria oportuno que outros estudos também viessem a se encarregar deste tema, movimentando-o, de modo a seguir produzindo efeitos sem determiná-los antecipadamente. ...
Abstract
Upon counteracting the analyst’s desire with the desire of being an analyst, one returns somehow to Freud’s comment (1937/1996) that psychoanalysis would be an impossible profession. In this case, what could be put into practice as impossible in the profession? And, since such practice is determined by desire, what are its possibilities? Thus, the current study aims at sharing impressions on the construction of a listening guided by the analyst's desire. Through a bibliographic review articulat ...
Upon counteracting the analyst’s desire with the desire of being an analyst, one returns somehow to Freud’s comment (1937/1996) that psychoanalysis would be an impossible profession. In this case, what could be put into practice as impossible in the profession? And, since such practice is determined by desire, what are its possibilities? Thus, the current study aims at sharing impressions on the construction of a listening guided by the analyst's desire. Through a bibliographic review articulated with this experience, we seek reflection and encourage the current debate on this subject, starting from a trajectory taken at the University, committed to clinical formation based on references pertaining to psychoanalysis. For this reason, an academic path in its singularity may have some similar effects to those of a psychoanalytic formation, despite not being a substitute for participation in psychoanalytic institutions, which provide a context adequate to such formation and enable other transmission effects different from those that eventually are produced in the university environment. This research, however, does not intend to cover the issue of the viability of psychoanalysis as a profession in all its complexity. Thus, it would be appropriate if other studies could also deal with this issue, pushing it forward, in order to continue producing effects without determining them beforehand. ...
Resumen
Cuando se contrapone el deseo del analista al deseo de ser analista se retorna de algún modo al comentario de Freud (1937/1996) de que el psicoanálisis sería una profesión imposible. En este caso, ¿qué se plantearía, en la práctica, como lo imposible de la profesión? Y, visto que dicha práctica está determinada por el deseo, ¿cuáles serían sus posibilidades? Así, el presente estudio tiene como objetivo compartir impresiones sobre la construcción de una escucha delineada por el deseo del analist ...
Cuando se contrapone el deseo del analista al deseo de ser analista se retorna de algún modo al comentario de Freud (1937/1996) de que el psicoanálisis sería una profesión imposible. En este caso, ¿qué se plantearía, en la práctica, como lo imposible de la profesión? Y, visto que dicha práctica está determinada por el deseo, ¿cuáles serían sus posibilidades? Así, el presente estudio tiene como objetivo compartir impresiones sobre la construcción de una escucha delineada por el deseo del analista. Por medio de una revisión bibliográfica articulada con la experiencia, se procura incentivar la reflexión y fomentar el debate corriente sobre este tema a partir de una trayectoria transitada en la universidad comprometida con la formación clínica a partir de referenciales propios del psicoanálisis. Por ese motivo, un recorrido académico, en su singularidad, puede tener algunos efectos semejantes a los de una formación psicoanalítica, a pesar de no ser un sustitutivo a la participación en instituciones psicoanalíticas, que ofrecen un contexto propio para dicha formación y posibilitan otros efectos de transmisión distintos de los que eventualmente se producen en el medio universitario. Esta investigación, empero, no se propone abarcar la cuestión de la imposibilidad o no del psicoanálisis como profesión en toda su complejidad. Así, sería oportuno que otros estudios también abordaran este tema, produciendo desplazamientos, para que pueda seguir surtiendo efectos no determinados anticipadamente. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Psicologia.
Colecciones
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