Padrão alimentar e perfil metabólico em amostra de mulheres na pós-menopausa : associação com proteína c-reativa ultrassensível
Fecha
2012Autor
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Resumo
Introdução: A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morte em mulheres na pós-menopausa e a inflamação é um mecanismo chave envolvido na patogênese da aterosclerose. Sabe-se que a dieta é um dos principais fatores de risco modificáveis para DCV, e, atualmente têm-se investigado sua associação com inflamação. No entanto, os estudos não são totalmente conclusivos e são escassos os com mulheres na pós-menopausa. Objetivo: Comparar o padrão alimentar, o perfil metabólico e de composição ...
Introdução: A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morte em mulheres na pós-menopausa e a inflamação é um mecanismo chave envolvido na patogênese da aterosclerose. Sabe-se que a dieta é um dos principais fatores de risco modificáveis para DCV, e, atualmente têm-se investigado sua associação com inflamação. No entanto, os estudos não são totalmente conclusivos e são escassos os com mulheres na pós-menopausa. Objetivo: Comparar o padrão alimentar, o perfil metabólico e de composição corporal e a atividade física habitual entre mulheres na pós-menopausa com baixo/moderado e alto risco cardiovascular, de acordo com os valores de Proteína C-Reativa (PCR-us). Metodologia: Estudo transversal; incluídas mulheres com no mínimo 1 ano de amenorréia e níveis de FSH > 35 mUI/ml e excluídas as tabagistas, diabéticas e usuárias de terapia de reposição hormonal nos 3 meses anteriores ao estudo. Foram realizadas avaliações antropométricas (com bioimpedância), clínicas e laboratoriais e aplicado questionário de frequência alimentar padronizado. Com uso de pedômetro foi avaliado o status de atividade física. As participantes foram estratificadas em dois grupos: baixo/moderado ou alto risco cardiovascular, de acordo com os valores de PCR-us (< 3 ou ≥ 3 mg/L respectivamente). Resultados: 95 mulheres (média de idade 54,7 ± 4,8 anos; tempo de menopausa 6,5 ± 4,5 anos) foram incluídas. As participantes classificadas como alto risco [n=23; PCR-us 5,15 (3,75 - 6,93) mg/L] comparadas com as de baixo/moderado risco [n=72; PCR-us 0,59 (0,25 - 1,43) mg/L] obtiveram maiores valores de IMC (P<0,01), massa de gordura (P<0,01), % de gordura corporal (P<0,01), circunferência da cintura (P<0,01), triglicerídeos (P=0,01), glicose (P<0,01), insulina (P< 0,01), HOMA-IR (P=0,01) e LAP (P<0,01), além de menores valores de HDL-colesterol (P=0,02). A prevalência de inatividade física foi maior no grupo de alto risco (78% vs 49%; p<0,01), bem como a prevalência de síndrome metabólica (43% vs 11%; p<0,01). Em relação à ingestão alimentar, o grupo alto risco apresentou uma dieta com maior carga glicêmica, bem como maior ingestão percentual de carboidrato, menor de ácido graxo saturado e proteína, e também maior ingestão de vitamina E, embora abaixo do recomendado. Conclusão: Nessa amostra de mulheres na pós-menopausa, as participantes de alto risco cardiovascular apresentaram pior perfil metabólico e de composição corporal, além de serem mais frequentemente inativas e consumirem uma dieta menos adequada. A associação desses fatores possivelmente contribui para um maior risco de DCV. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
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