Vestígios de cooperação e solidez na sociedade líquido-moderna : um olhar sobre um centro de tradições gaúchas

Abstract

No contexto da sociedade líquido-moderna, em que palavras como velocidade, flexibilidade, imediatismo, desapego, mobilidade e rentabilidade circulam comprimindo o tempo numa “cultura da urgência” (Bauman, 2007; Sennett, 2012), julga-se pertinente indagar: que vestígios de cooperação e de solidez relativos à experimentação do tempo poderiam se fazer notar? A fim de responder essa indagação, buscou-se levantar e analisar a existência de vestígios de cooperação e de solidez relativos à experimentação do tempo em um CTG (Centro de Tradições Gaúchas). Elaborou-se uma pesquisa qualitativa exploratória, realizada por meio de um estudo de caso singular, em que a unidade de análise é o 35 CTG, onde foram realizadas entrevistas narrativas com os associados. O estudo permitiu conhecer quais são os elementos, alguns dos rituais e a forma como estes operam no contexto do caso do 35 CTG, tornando palpável o contexto no qual encontramos os vestígios da cooperação e da solidez.

In the context of the modern-liquid society, where such words as velocity, flexibility, profitability, immediacy, detachment and mobility are in the order of the day, and time is compressed in a “urgency culture”, is considered important to ask: which traces of cooperation and solidity, related to the way time is experienced could be noticed? To answer that question, we aimed to identify and analyze the existence of cooperation and solidity traces related to time experimentation in a Center for Gaúcho Traditions (CTG). A qualitative exploratory research was conducted through singular case study in the 35 CTG, where narrative interviews were conducted with the CTG’s members. The study has allowed us to know the elements, some of the rituals and the way they operate in the context of the CTG, where traces of cooperation and solidity were found.