O teatro como um estado de encontro
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2009Author
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Abstract in Portuguese (Brasil)
A partir da teoria da “estética relacional” proposta por Nicolas Bourriaud, o artigo desenvolve uma concepção do teatro como um estado de encontro, um fenômeno que só acontece em um espaço-tempo compartilhado entre atores e espectadores , condicionado por um mecanismo de autopoiesis: teatro como um processo que gera eventos e não obras acabadas, que só acontecem em relação. Esta dimensão pode ser identificada com muita intensidade nos processos criativos da cena, que implicam uma dinâmica colet ...
A partir da teoria da “estética relacional” proposta por Nicolas Bourriaud, o artigo desenvolve uma concepção do teatro como um estado de encontro, um fenômeno que só acontece em um espaço-tempo compartilhado entre atores e espectadores , condicionado por um mecanismo de autopoiesis: teatro como um processo que gera eventos e não obras acabadas, que só acontecem em relação. Esta dimensão pode ser identificada com muita intensidade nos processos criativos da cena, que implicam uma dinâmica coletiva de trabalho baseada na colaboração: uma máquina que provoca e administra encontros. Um processo de ensaios é um laboratório de sociabilidade que demanda a convivência de heterogeneidades e contradições: autonomia e acoplamento coexistindo em um sistema autopoiético de relações. A idéia do teatro como estado de encontro significa uma busca por um tipo de fazer teatral que assume, intensifica e amplia sua própria dimensão relacional, buscando modelar universos possíveis, em uma experiência em que a ética não está dissociada da estética. ...
Abstract
From Nicolas Borriaud's theory of a “relational aesthetics”, the paper develops a concept of theatre as a state of encounter, a phenomenon that only occurs in the time-space shared between a ctor sand spectators, conditioned by a n autopoietic system; theatre is understood as a process that generates events (not finished works of art; happenings, not things) which can only happen in a relationship. This relational aspect can be strongly identified in creative scenic processes, which imply a col ...
From Nicolas Borriaud's theory of a “relational aesthetics”, the paper develops a concept of theatre as a state of encounter, a phenomenon that only occurs in the time-space shared between a ctor sand spectators, conditioned by a n autopoietic system; theatre is understood as a process that generates events (not finished works of art; happenings, not things) which can only happen in a relationship. This relational aspect can be strongly identified in creative scenic processes, which imply a collective work dynamic based on collaboration, a machine that provokes and organizes encounters. A rehearsal process is a social laboratory, demanding a coexistence of heterogenic and contradictory elements: autonomy and dependence living together in a system of autopoietic relationships. The concept of theatre as a state of encounter means a search for a kind of theatre-making that assumes, intensifies and expands its own relational dimension, looking for the creation of possible worlds, in an experience where ethics are not in binary opposition with aesthetics. ...
In
Cena. Porto Alegre. Vol. 7 (2009); p. 37-46
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