Análise da microestrutura óssea de Clevosaurus brasiliensis (Lepidosauria, Rhynchocephalia) do triássico superior do Rio Grande do Sul (Sequência Candelária)
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Data
2014Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A Paleohistologia Óssea - análise da microestrutura óssea - é uma ferramenta que pode fornecer informações substanciais sobre a paleobiologia dos animais fósseis, como, por exemplo, idade individual, maturidade sexual, taxas e padrões de crescimento. Com estes dados, é possível deduzir vários aspectos da fisiologia, ontogenia, filogenia dos vertebrados fósseis e, ainda, aspectos sobre o seu ambiente de vida. Esta monografia apresenta a descrição da microestrutura óssea de Clevosaurus brasiliens ...
A Paleohistologia Óssea - análise da microestrutura óssea - é uma ferramenta que pode fornecer informações substanciais sobre a paleobiologia dos animais fósseis, como, por exemplo, idade individual, maturidade sexual, taxas e padrões de crescimento. Com estes dados, é possível deduzir vários aspectos da fisiologia, ontogenia, filogenia dos vertebrados fósseis e, ainda, aspectos sobre o seu ambiente de vida. Esta monografia apresenta a descrição da microestrutura óssea de Clevosaurus brasiliensis, única espécie de Rhynchocephalia presente no Brasil, e um dos registros mais antigos para o grupo (Neotriássico). Apesar de haver alguns estudos analisando a microestrutura óssea de rincocefálios fósseis e atuais, este é o primeiro analisando o táxon brasileiro. Os materiais descritos neste trabalho consistem de três fêmures de indivíduos diferentes (UFRGS-PV-0752-T; 0754-T; 1067-T), uma tíbia (UFRGS-PV-0754-T) e um rádio (UFRGS-PV-0757-T). Como padrão geral, observou-se um córtex pouco vascularizado, com deposição de um tecido paralelo-fibroso a lamelar caracterizado pela presença de osteócitos bastante organizados, depositados paralelamente uns aos outros. Linhas de crescimento (LAGs), que interrompem o córtex em toda a sua extensão, foram encontradas em dois fêmures (UFRGS-PV-0754-T; 0752-T) e na tíbia. Deposição de tecido lamelar ocorre, também, na região perimedular do fêmur UFRGS-PV-0754-T, o mostrando que esta espécie apresenta um crescimento reverso. Além disso, a presença do osso endosteal poderia indicar uma condição adulta para o indivíduo UFRGS-PV-0754-T. Não foram encontrados ósteons secundários que demonstrariam remodelação do tecido. As linhas de crescimento mostram a ocorrência de ciclos de deposição de tecido ósseo, marcados por interrupções no crescimento. Padrão semelhante é encontrado em outro rincocefálio do Jurássico Inferior, Gephyrosaurus, e na espécie atual Sphenodon sp., o que corrobora a ideia de que Rhynchocephalia é um dos grupos de amniotas mais conservativos em sua biologia. Este estudo atesta que os rincocefálios têm mantido seus padrões anatômicos e fisiológicos desde o Triássico. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1310)
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