Estabilidade política na América do Sul : os casos comparados de Argentina e Uruguai no período pós-ditadura (1995-2007)

Abstract

Há aproximadamente três décadas, países da América do Sul colocavam fim aos regimes autoritários presentes em diversas nações, dentre elas, Argentina e Uruguai. A partir de então, inúmeros estudos passaram a ser feitos abordando questões envolvendo a democracia e a estabilidade política na região. Recentemente o debate sobre a cultura política tem ganhado espaço, a fim de possibilitar novas análises sobre essa temática. Dessa forma, este trabalho buscou discutir a cultura política como um fator que exerce influência na estabilidade política. Para isso, traçou-se o contexto histórico político da Argentina e Uruguai, desde suas constituições como Repúblicas, ainda no século XIX, até o ano de 2007. Para a realização da análise, foram selecionados alguns indicadores socioeconômicos e dados disponibilizados no Latinobarômetro, compreendendo, nessa etapa, o período de 1995 a 2007. Por fim, este estudo demonstra que a proposta minimalista, defensora dos fatores institucionais como sendo suficientes para uma explicação convincente da dinâmica das democracias, sem que seja necessário recorrer à cultura, nem sempre é válida.

Hace tres décadas, los países de la América del Sur ponían fin a sus regímenes autoritarios, presentes en varias naciones, entre ellas, Argentina y Uruguay. Desde entonces, inúmeros estudios empezaran a ser hechos abordando cuestiones que envolviesen la democracia y la estabilidad política en la región. Recientemente, el debate sobre la cultura política ha ganado espacio, para posibilitar nuevas análisis sobre este tema. De esta manera, este trabajo ha buscado probar que la cultura política es un factor que ejerce influencia en la estabilidad política. . Para eso, fue trazado el contexto histórico político de la Argentina y del Uruguay, desde sus constituciones como republicas, aún en el siglo XIX, hasta el año de 2007. Por fin, este estudio demuestra que la propuesta minimalista, defensora de los factores institucionales como suficientes para una explicación convincente de la dinámica de las democracias, sin que sea necesario recorrer a la cultura, no es siempre válida.

Three decades ago, South America countries ended their authoritarian regimes in course in several nations, among them Argentina and Uruguay. Since then are countless studies approaching democ-racy issues and political stability in the region. Recently the debate about political culture has gained space, in order to enable further analysis on this subject. Thereby, this study aimed to discuss the political culture as a factor that exerts influence in the political stability. For this was traced a histor-ical context of Argentina and Uruguay, since theirs constitutions as Republics, in the nineteenth cen-tury until 2007. For this analysis, were selected some socioeconomics indicators and some data available on Latinobarometro, covering in this stage, the period of 1995 to 2007. Lastly, this study shows that the minimal proposal - defender of the institutional factors as sufficient for a convincing explanation of the democracies dynamics without having to appeal to culture, is not always valid.