Hölderlins Verständnis des Tragischen aus der Perspektive des Tiresias, des "Aufsehers über die Naturmacht"
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2022Type
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Zusammenfassung
Dieser Aufsatz versucht Hölderlins Auffassung vom Tragischen aus dem mittleren Teil (2) der Anmerkungen zum Ödipus und zur Antigonä abzuleiten, in dem der Dichter seine theoretische Auffassung mit kritischen Kommentaren unterlegt. Im Unterschied zu den theoretischen Bemerkungen in den Teilen (1) und (3), werden die Leser/innen im mittleren Teil auf mythische, rituelle und rechtliche Zusammenhänge aufmerksam gemacht, die durch die poetische Bildersprache dem begrifflichen Verstehen zunächst entg ...
Dieser Aufsatz versucht Hölderlins Auffassung vom Tragischen aus dem mittleren Teil (2) der Anmerkungen zum Ödipus und zur Antigonä abzuleiten, in dem der Dichter seine theoretische Auffassung mit kritischen Kommentaren unterlegt. Im Unterschied zu den theoretischen Bemerkungen in den Teilen (1) und (3), werden die Leser/innen im mittleren Teil auf mythische, rituelle und rechtliche Zusammenhänge aufmerksam gemacht, die durch die poetische Bildersprache dem begrifflichen Verstehen zunächst entgehen. Denn im Gegensatz zu den allgemeinen theoretischen Erwägungen, betont Hölderlin hier motivische Beziehungen, die ein genaueres Lesen, Empfinden und Durchdenken des Stückes ermöglichen sollen, um so der antiken Tragödie ihren lebendigeren Sinn zu verleihen. Dabei verweist Hölderlin auf die in den imaginären mythischen Strukturen verankerten Funktionen und Machtverhältnisse, die verschiedene mythische Figuren und Gottheiten gegenläufigen Bereichen zuordnet: Tiresias und die Nachkommen der Sparten stehen für die Naturmächte, die wild und vaterlos aus der Erde entsprangen; Zeus ist der olympische “Vater der Zeit” oder “Vater der Erde”, der für die menschliche Kultur und die patriarchale Nachfolge steht. Hölderlin scheint durch seine poetische Sensibilität Einblicke in das mythische Denken und in die Feinheiten der rituellen und juridischen Gebräuche des klassischen Athens zu erahnen, die sonst erst von den Strukturanalysen der historischen Anthropologie nachgewiesen wurden. Seine Anmerkungen skizzieren die spezifischen Beziehungen von Natur- und Kulturmächten, die den/die Helden in das widersprüchliche Kräftefeld zwischen die blinde “Naturmacht” der unteren Götter und die olympische Ordnung des Zeus stellt und Tiresias die Funktion des “Aufsehers über die Naturmacht” zuweist, ihn also als Vertreter der unteren Götter (und der dunklen Seite Apollos) sieht. ...
Abstract
This paper attempts to derive Hölderlin's conception of the tragic from the middle part (2) of the Observations on Oedipus and Antigone, in which the poet presents clues to his reading in a few critical remarks. In contrast to the theoretical remarks in parts (1) and (3), the reader’s attention is drawn in the middle part to certain perspectives and subtle differences that are difficult to grasp through rational or conceptual understanding. For, in contrast to the general theoretical considerat ...
This paper attempts to derive Hölderlin's conception of the tragic from the middle part (2) of the Observations on Oedipus and Antigone, in which the poet presents clues to his reading in a few critical remarks. In contrast to the theoretical remarks in parts (1) and (3), the reader’s attention is drawn in the middle part to certain perspectives and subtle differences that are difficult to grasp through rational or conceptual understanding. For, in contrast to the general theoretical considerations, Hölderlin here emphasizes motives and relations which guide the reader’s feelings, and makes him think within the images of the play. This sort or approach tries to give the ancient tragedy its more vivid meaning. Hölderlin emphasizes in particular the power which relations anchored in the mythical figures and the gods belonging to opposing realms: Tiresias and the descendants of the spartoi, the monstrous Theban ancestors, stand for the wild powers of nature that sprang fatherless from the earth; Zeus is the Olympian “father of time” or “father of the earth” who stands for human culture and patriarchal succession. Hölderlin’s poetic sensibility seems to have glimpsed insights into mythic thought and the intricacies of the ritual and juridical customs of classical Athens, anticipating 20th century insights of the structural analyses of historical anthropology. His Observations outline the specific relations of natural and cultural powers, his hero(s) struggle with contradictory forces: the blind “natural power” of the lower gods and the Olympian order of Zeus. The poet sees Tiresias as the “guardian of the (violent) natural powers,” with affinities to the lower gods (and of Apollo's dark side). ...
Abstract in Portuguese (Brasil)
Este artigo tenta derivar a concepção trágica de Hölderlin da parte mediana (2) das Observações sobre Édipo e Antígona, na qual o poeta esboça sua leitura ou interpretação com observações críticas. Em contraste com as observações teóricas das partes (1) e (3), a atenção do leitor é levada para certas distinções sutis do original que não podem ser compreendidas conceitualmente. Pois em contraste com as considerações teóricas gerais, Hölderlin aqui enfatiza as relações entre motivos e figuras que ...
Este artigo tenta derivar a concepção trágica de Hölderlin da parte mediana (2) das Observações sobre Édipo e Antígona, na qual o poeta esboça sua leitura ou interpretação com observações críticas. Em contraste com as observações teóricas das partes (1) e (3), a atenção do leitor é levada para certas distinções sutis do original que não podem ser compreendidas conceitualmente. Pois em contraste com as considerações teóricas gerais, Hölderlin aqui enfatiza as relações entre motivos e figuras que precisam ser intuídas na leitura da peça, dando assim à tragédia um sentido mais vívido. As figuras assinaladas captam as relações de poder ancoradas nas estruturas míticas e nas divindades de esferas opostas: Tiresias e os descendentes dos espartos (spartoi) representam os poderes da natureza que brotaram da terra selvagem sem casamento e sem pai; Zeus, em oposição, é o "pai do tempo" ou "pai da terra" que representa a cultura humana e a sucessão patriarcal. Através de sua sensibilidade poética, Hölderlin parece ter vislumbrado as complexidades do pensamento mítico, do ritual e dos costumes jurídicos de Atenas clássica, antecipando de modo intuitivo as análises estruturais da antropologia histórica do século XX. Suas Observações esboçam as relações específicas dos poderes naturais e culturais, colocando o(s) herói(s) no campo de tensão entre o "poder natural" cego dos deuses inferiores e a ordem olímpica de Zeus, e atribuindo a Tiresias a função de "guardião da potência natural", vendo-o assim como o representante dos deuses inferiores (e do lado sombrio de Apolo). ...
In
Calíope : presença clássica. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 39, n. 43 (2022), p. 4-36
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