CAM : da maldição à redenção escrevivências de uma vida entre raças
dc.contributor.advisor | Silveira, Raquel da Silva | pt_BR |
dc.contributor.author | Colla, Fabiana Keila Toribio | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2023-02-28T03:22:38Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2022 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/255111 | pt_BR |
dc.description.abstract | As famílias inter-raciais são uma realidade na sociedade brasileira, estando inscritas num projeto de política pública de branqueamento da nação. Aliado a isso, os discursos religiosos cristãos também se inscrevem nos processos de dominação simbólica racista, uma vez que são eurocentrados, enaltecem a imagem de um Jesus Cristo branco e exigem a anulação dos corpos durante os cultos, assim como dos tambores. Desta forma, o racismo opera desde a constituição das famílias, que no Brasil tem forte vertente religiosa cristã, e, frequentemente, reproduzem práticas racistas. O objetivo deste trabalho é discutir, de forma autobiográfica, os efeitos do discurso religioso adventista na produção de subjetividade das famílias evangélicas. O referencial teórico é uma articulação entre as teorias críticas da psicologia social e institucional, das discussões das relações raciais, em especial das políticas de branqueamento e dos estudos da branquitude, além de estudos críticos sobre os discursos evangélicos. A metodologia é inspirada nas escrevivências de Conceição Evaristo, por isso, escritas em primeira pessoa do singular. Assim, relato algumas de minhas vivências como uma pessoa pertencente a uma família inter-racial e evangélica. O texto analisa a origem e a interpretação do mito bíblico de Cam e de como o quadro de Modesto Brocos produzido para representar o branqueamento no Brasil, A Redenção de Cam, pôde ser ressignificado por leituras críticas do movimento negro. Neste trabalho, proponho pensar os impactos e o respaldo religioso cristão na produção do sofrimento mental imposto a negros e negras. Um mapa-múndi, o Terrarum Orbis, foi elaborado pelo bispo católico Isidoro de Sevilha, para justificar a escravização dos povos de África e a pretensa superioridade dos europeus. Estudos sobre famílias inter-raciais no Brasil ainda se apresentam de forma tímida. Há uma necessidade de que esse tema seja abordado de forma mais sistemática, principalmente na atuação da psicóloga e do psicólogo. Afinal, se segundo o censo de 2010, 31% dos casamentos brasileiros eram inter-raciais, o racismo no interior das famílias não pode ser desconsiderado. | pt_BR |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Relações raciais | pt_BR |
dc.subject | Racismo | pt_BR |
dc.subject | Família | pt_BR |
dc.subject | Psicologia e religião | pt_BR |
dc.title | CAM : da maldição à redenção escrevivências de uma vida entre raças | pt_BR |
dc.type | Trabalho de conclusão de graduação | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | Rodrigues, Luciana | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001163060 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Psicologia | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2022 | pt_BR |
dc.degree.graduation | Psicologia | pt_BR |
dc.degree.level | graduação | pt_BR |
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