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dc.contributor.advisorPires, Fabiana Schneiderpt_BR
dc.contributor.authorSpader, Adriana Rosapt_BR
dc.date.accessioned2022-04-19T04:39:08Zpt_BR
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/237444pt_BR
dc.description.abstractA partir da descentralização do tratamento do HIV para a atenção primária em 2014, as unidades de saúde tiveram que redesenhar seu processo de trabalho e olhar de forma integral para esses usuários antes tratados em serviços especializados. Porto Alegre em 2019 apresentou taxa de detecção para o HIV seis vezes maior que a taxa nacional e quase duas vezes a taxa do RS, atingindo 17,6 casos/ mil nascidos vivos. O coeficiente de mortalidade por AIDS neste mesmo ano foi de 22,0 óbitos/100 mil hab, cinco vezes superior ao coeficiente nacional. O objetivo do estudo foi compreender o viver com HIV e o cuidado em saúde de mulheres vivendo com HIV, bem como identificar o cuidado em saúde de mulheres vivendo com HIV, conhecer potencialidades e desafios no cuidado em saúde de mulheres vivendo com HIV e compreender os efeitos sobre o viver com HIV no cotidiano de mulheres que vivem com HIV e a rede de atenção no município de Porto Alegre/RS. Ao compreender este viver com HIV e seus efeitos, a rede de atenção em saúde pode reorganizar processos de trabalho para construir percursos de cuidado com as usuárias, ampliando a abordagem interprofissional e intersetorial do cuidado em saúde e qualificar o processo de trabalho das equipes de saúde. Esta é a principal justificativa deste estudo, unindo-se à perspectiva de construção de produtos inovadores para a saúde de mulheres vivendo com HIV, tanto no singular itinerário quanto na perspectiva coletiva da produção de cuidado nas redes de atenção à saúde. O estudo foi de caráter exploratório descritivo, tipo estudo de caso e o instrumento utilizado foi a construção do mapa corporal narrado (body map storytelling). Participaram do estudo quatro mulheres com diagnóstico confirmado de HIV, vinculadas à Unidade Chácara da Fumaça (Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre/RS). análise das narrativas e dos mapas se deu a partir da Análise de Discurso (AD) em três fases: a pré análise, a exploração do material e o tratamento dos resultados obtidos e interpretação. Os mapas corporais construídos resgataram marcas intensas, muitas vezes adormecidas no inconsciente, e que expressaram o caminhar, o lutar e o viver dessas mulheres. Os mapas corporais e as narrativas permitiram ressaltar um universo povoado por estigma, preconceito, medos e inseguranças, ao mesmo tempo que descortinaram uma existência apoiada nas relações familiares, na religiosidade e nos afetos tingidos, muitas vezes, pela culpa e por ressentimentos. Além disso, trabalhar com as equipes de saúde com a temática HIV/AIDS buscando a qualificação dos processos de trabalho e mitigando problemas de acesso a esses usuários foi um desacomodar-se e despir-se de preconceitos dentro dos espaços de cuidado. Viver com HIV e ser mulher em uma sociedade reprodutora de desigualdades sociais e violência de gênero é com certeza desafiador. Faz-se necessário que as políticas públicas e serviços de saúde se conectem com esses usuários de forma mais intensa e olhem para suas necessidades, de forma a compreender este emaranhado de sentimentos e necessidades e, assim, permitindo novos olhares para o cuidado em saúde de mulheres vivendo com HIV. É imperativo que os profissionais e os serviços de saúde aceitem o desafio de se redesenhar itinerários de cuidado, singularizando as abordagens e aproximando as usuárias aos serviços de saúde, por meio de atitudes de vínculo e acolhimento, de forma a ultrapassar os protocolares encaminhamentos em saúde, redimensionando a rede de cuidados e criando oportunidade de um cuidado centrado nas pessoas e não na doença.pt_BR
dc.description.abstractAfter the decentralization of HIV treatment to primary care medical services in 2014, health center units had to redesign their work process and look at these patients who were previously treated in specialized services. Porto Alegre in 2019 had a positive infections rate for HIV six times higher than the Brazil rate and almost twice the rate compared to RS state, reaching 17.6 cases/ thousand live births.The AIDS mortality coefficient in that year was 22.0 deaths/100 thousand habitants, five times higher than the Brazil numbers. The objective of the study was to understand living with HIV and the health care of women living with HIV, as well as identifying the health care of women living with HIV, knowing the potential and challenges in the health care of women living with HIV and understanding the effects on living with HIV in the daily lives of women living with HIV and the care network in the city of Porto Alegre/RS. By understanding this living with HIV and its effects, the primary health care network can reorganize work processes to build care pathways for patients, expanding the interprofessional and intersectoral approach to health care and qualifying the work process of health center teams. This is the main purpose of this study, joining the perspective of create innovative products to increase life and health quality of HIV women, considering both, the singular or collective path perspective of care grow in primary health care networks. The study was descriptive and exploratory research, as a study case and the methodology used was the creation of the body map storytelling. Four women with a positive HIV diagnosis, linked to the Chacara da Fumaca Health Center Unit (Municipal Health Center Department of Porto Alegre/RS) participated in the study. The analysis of the narratives and body maps was based on Discourse Analysis (DA) in three phases: pre-analysis, material exploration and result data treatment and interpretation. The constructed body maps retrieve intense memories, often inactive in the unconscious, which expressed the path, struggle and life of these women. The body maps and narratives highlighted a universe populated by stigma, prejudice, fears and insecurities, while at the same time revealing an existence based on family relationships, religiosity and emotional memories, often, with guilt and umbrage. In addition, working with medical health teams with the HIV/AIDS subject, seeking to improve the work processes and mitigate access problems to these patients, was a disaccommodate and free of prejudices within the health care locations. Living with HIV and being a woman in a society that maintain old behaviors as social inequalities and gender violence is certainly challenging. It is necessary that public politics and health services connect with these patients more intensely and look at their needs, in order to understand this tangle of emotions and needs and, thus, allowing new perspectives on the primary health care of women living with HIV. It is urgent that health professionals and services accept the challenge of redesigning care methods, specifying out approaches and bringing patients closer to health services, through emotional link and careness, in order to overcome the protocol health referrals, improve the care network and creating the opportunity for dedicated care on people and not on their disease.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectHIVpt_BR
dc.subjectUnified health systemen
dc.subjectAtenção primária à saúdept_BR
dc.subjectHealth careen
dc.subjectMulherespt_BR
dc.subjectPrimary health careen
dc.subjectSistema Único de Saúdept_BR
dc.titleMapas corporais narrados : um estudo de caso sobre mulheres vivendo com HIV e seus itinerários de cuidadopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001139222pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ensino na Saúdept_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2021pt_BR
dc.degree.levelmestrado profissionalpt_BR


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