Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorRosito, Tiago Eliaspt_BR
dc.contributor.authorMotta, Guilherme Langpt_BR
dc.date.accessioned2020-12-30T04:22:26Zpt_BR
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/216944pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: A espinha bífida é o principal defeito neurológico do nascimento que ocorre devido a um fechamento inadequado do tubo neural, levando a disfunções multi-sistêmicas, como alterações motoras e bexiga neurogênica. A expectativa de vida dos pacientes com espinha bífida aumentou como resultado da melhoria dos cuidados médicos e problemas de vida adulta, como a sexualidade, tornaram-se preocupações crescentes entre essa população. Objetivo: Avaliar a vida sexual de pacientes com espinha bífida e sua correlação com fatores urológicos, neurológicos, ortopédicos, digestivos e socioeconômicos. Métodos: Estudo analítico transversal baseado na aplicação de um questionário específico sobre sexualidade feminina em 140 pacientes com espinha bífida de quatro cidades diferentes (Porto Alegre / Brasil; Barcelona, Madrid e Málaga / Espanha) entre 2019 e 2020. A pesquisa coletou dados clínicos tais como características neurológicas específicas da espinha bífida (tipo de lesão, nível medular, hidrocefalia), condições urológicas e digestivas (incontinência urinária ou fecal, cirurgia de ampliação vesical), fatores ortopédicos (capacidade de deambulação), dados ginecológicos (uso de contraceptivos, cuidados e conhecimento sobre saúde íntima), nível educacional e condição socioeconômica (dependência econômica e autonomia familiar). A vida sexual foi avaliada por meio da versão de 6 itens do Índice de Função Sexual Feminina (FSFI-6) validado em espanhol e português. As variáveis clínicas e sociodemográficas sofreram análises estatísticas de associação com os dados referentes à sexualidade. Resultados: Metade das pacientes do sexo feminino com espinha bífida teve atividade sexual pelo menos uma vez na vida, porém muitas não usaram nenhum método contraceptivo (57,1%). A disfunção sexual estava presente na maioria dos pacientes (84,3%) com uma pontuação total mediana do FSFI-6 de 14,5 (variação de 4-26), sendo todos os domínios sexuais prejudicados. Obesidade, tipo de espinha bífida, nível de acometimento da medula espinhal, hidrocefalia, uso de cadeira de rodas e distúrbios psicológicos não foram estatisticamente associados com diferenças entre as taxas de atividade ou disfunção sexual. A presença de incontinência urinária foi associado com menores taxas de atividade sexual (continentes 78.3% vs. incontinentes 44% p=0.003) e maiores taxas de disfunção sexual feminina ( continente 50% vs. incontinentes 96.2% p<0.001). Além disso, incontinência urinária e fecal foram significativamente associadas com piores escores em todos os domínios sexuais do FSFI-6, exceto para dor. O passado de cirurgia de ampliação vesical não foi associado com diferenças na atividade ou qualidade sexual. A análise dos fatores socieconômicos revelou que um menor nível de estudos (ensino médio ou fundamental 91.7% vs. ensino superior 40% p=0.001) e dependência econômica dos pais/família ou governo (dependência 95.3% vs. independência 66.7% p=0.002) apresentaram associação com maiores taxas de disfunção sexual feminina. Conclusão: A espinha bífida é uma complexa condição que exige cuidados adequados para alcançar uma vida sexual satisfatória. Há uma necessidade de melhorar o aconselhamento ginecológico entre as pacientes sexualmente ativas, uma vez que a maioria não usa nenhum método contraceptivo e corre 12 risco de gravidez inadvertida. Existem aspectos clínicos da espinha bífida, como incontinência urinária e fecal, os quais estão associados à diminuição da qualidade sexual e que devem receber maior atenção da equipe assistente.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: Spina bifida is the main neurological defect at birth that occurs due to improper closure of the neural tube, leading to multi-systemic dysfunctions, such as motor changes and neurogenic bladder. The life expectancy of patients with spina bifida has increased as a result of improved medical care and adult life problems, such as sexuality, have become growing concerns among this population. Objective: To evaluate the sexual life of patients with spina bifida and assess which factors influence with their sexual activity or quality. Methods: A cross-sectional survey including a validated female-specific sexuality questionnaire was applied in 140 spina bifida female patients from four different cities (Porto Alegre/Brazil; Barcelona, Madrid and Málaga/Spain) between 2019 and 2020. The survey collected clinical data such as demographic information, specific neurological characteristics of spina bifida (type of lesion, spinal level, hydrocephalus), urological and digestive conditions (urinary or fecal incontinence, bladder augmentation surgery), orthopedic factors (walking ability), gynecological data (contraceptives, intimate life care and knowledge) educational status and socieconomic condition (financial dependency and familiar autonomy). Sexual life was assessed using the 6-item version of the Female Sexual Function Index (FSFI-6) validated in Spanish and Portuguese. The clinical and sociodemographic variables underwent statistical analyzes of association with data related to sexuality. Results: Half of the female patients with spina bifida had sexual activity at least once in their life, however many did not use any contraception method (57.1%). 14 Sexual dysfunction was present in most (84.3%) patients with a median overall FSFI-6 total score of 14.5 (range 4-26), being all sex domains impaired. Obesity, type of spina bifida, spinal cord level, hydrocephalus, use of wheelchair and psychological disorder were not statistically associated with differences among rates of sexual activity or dysfunction. The presence of urinary incontinence was associated with lower rates of sexual activity (continence 78.3% vs. incontinence 44% p=0.003) and higher rates of female sexual dysfunction (continence 50% vs. incontinence 96.2% p<0.001). In addition, urinary and fecal incontinence were significantly associated with worse scores in all FSFI-6 sexual domains, except for pain. Bladder augmentation surgery was not associated with differences in sexual activity or quality. The analysis of socio-economic factors revealed that a lower level of education (elementary/high school 91.7% vs. university 40% p=0.001) and economic dependence on parents/family or government (dependence 95.3% vs. independence 66.7% p=0.002 ) were associated with higher rates of female sexual dysfunction. Conclusion: Spina bifida is a complex condition that requires proper care to achieve a satisfactory sexual life. There is a need to improve gynecological counseling among sexually active patients since most did not use any contraceptive methods, thus increasing the risk of an unintended pregnancy. There are clinical aspects of spina bifida, such as urinary and fecal incontinence, which are associated with decreased sexual quality and that should receive greater attention from the assistant team.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSpina bifidaen
dc.subjectMulherespt_BR
dc.subjectSexualidadept_BR
dc.subjectSexualityen
dc.subjectMielomeningocelept_BR
dc.subjectMyelomeningoceleen
dc.subjectDisrafismo espinalpt_BR
dc.subjectDysraphismen
dc.titleFatores que influenciam na sexualidade da população feminina com espinha bífidapt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001120780pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e Obstetríciapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples