Gastos com internações no sus de pacientes com hipertensão arterial no estado do Rio Grande do Sul de 2008 a 2017

Abstract

A hipertensão arterial é classificada como uma doença crônica que pode evoluir sem produção de sintomas. Por ser uma doença que afeta muitas pessoas, tornou-se um problema de saúde pública. Este estudo teve como objetivos avaliar os gastos com internações por hipertensão arterial no SUS, no estado do Rio Grande do Sul, no período de 2008 a 2017, bem como, estimar a magnitude das internações pelo diagnóstico principal, descrever o gasto total das internações, quantificar e descrever os dias e a média de permanência das internações. Apresenta delineamento epidemiológico quantitativo, descritivo e longitudinal, tendo como fonte de dados arquivos públicos encontrados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Esses dados foram incluídos em planilhas de Excel e analisados. No período de 2008 a 2017, o Rio Grande do Sul apresentou 25.135 internações por hipertensão arterial. Porto Alegre foi município com maior número de casos, 3.043. Em relação ao número de habitantes e as internações, Soledade obteve o maior valor, com 839 casos, englobando 2,76% de sua população. O gasto total das internações foi de R$7.581.509,00, e Porto Alegre foi município com maior gasto total com R$1.116.051,00. Ocorreram, no RS, 102.658 registros de internações por hipertensão arterial, estando Porto Alegre, no topo, com 13.847. Pelotas foi o munícipio com maior tempo médio de permanência em internação, com 8,2 dias. A maior média de gasto ao longo dos anos foi em Novo Hamburgo, com R$584,88. Enfatiza-se a necessidade de maior promoção de saúde, pois é uma doença de fácil manejo, porém ainda causa muitos transtornos em relação à qualidade de vida e aos gastos públicos.

Hypertension is classified as a chronic disease and rarely produces symptoms. Because it is a disease that affects many people, it has become a public health problem. The objective of this study was to evaluate hospitalization expenditures for SUS in the state of Rio Grande do Sul from 2008 to 2017, as well as to estimate the magnitude of hospitalizations for the main diagnosis, to describe the total expenditure on hospitalizations, quantify and describe the days and the average length of hospitalization. It presents a quantitative, descriptive and longitudinal epidemiological delineation, having as data source public archives found in the Hospital Information System of SUS. This data was included in Excel spreadsheets and analyzed. In the period from 2008 to 2017, Rio Grande do Sul presented 25.135 hospitalizations due to arterial hypertension. Porto Alegre was the municipality with the highest number of cases, 3.043. Regarding the number of inhabitants and hospitalizations, Soledade obtained the highest value, with 839 cases, comprising 2.76% of its population. Total hospitalization expenses were R$7.581.509,00, and Porto Alegre was the municipality with the highest total expenditure of R$1.116.051,00. There were 102.658 records of hospitalizations for arterial hypertension in the RS, with Porto Alegre at the top, with 13.847. Pelotas was the municipality with the longest average length of stay in hospital, with 8.2 days. The highest average spend over the years was in Novo Hamburgo, with R$584,88. The need for greater health promotion is emphasized, since it is an easily managed disease, but still causes many disorders in relation to quality of life and public spending.