As habilidades da inteligência emocional no trabalho dos médicos servidores públicos : um estudo de caso na Secretaria da Saúde de Gravataí – RS

Abstract

O presente trabalho teve como objetivo compreender quais habilidades da inteligência emocional definidas por Goleman (2000) os entrevistados acreditam ser necessárias e indispensáveis para a atuação dos médicos nas Unidades Básicas de Saúde do Município de Gravataí e comparar à fundamentação teórica para a obtenção de um perfil ideal de profissional. Esse perfil tem como objetivo auxiliar na gestão de pessoas da Secretaria da Saúde nos futuros processos seletivos. A coleta dos dados ocorreu por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado e a análise foi realizada através da técnica de triangulação, em que foram estudadas as informações obtidas no referencial teórico, na análise documental dos norteadores estratégicos da Secretaria e nas respostas das entrevistas. Pode-se concluir, por fim, que os servidores que hoje atuam na secretaria são indivíduos capazes de compreender quais são aquelas características emocionais que os médicos devem possuir para que seu trabalho seja eficiente, sendo elas: autoconsciência, autoconsciência emocional, autoavaliação precisa, autoconfiança, gestão das emoções, autodomínio, inspirar confiança, ser consciencioso, adaptabilidade, automotivação, vontade de triunfar, iniciativa, otimismo, empatia, compreender os outros, orientação para o serviço, consciência política, gestão de relacionamento em grupos, influência, comunicação, gestão de conflitos, criar laços, colaboração e cooperação e capacidades da equipe. Foi possível perceber também que essas habilidades estão alinhadas à missão, visão e valores do órgão.

The objective of the present study was to understand which emotional intelligence abilities defined by Goleman (2000) interviewees believe to be necessary and indispensable for the performance of physicians in the Basic Health Units of the city of Gravataí and to compare the theoretical basis for obtaining a profile ideal of professional. This profile aims to assist in the management of people of the Department of Health in future selection processes. The data were collected through a semistructured interview script and the analysis was performed through the triangulation technique, in which the information obtained in the theoretical framework, in the documentary analysis of the strategic guiding principles of the Secretariat and in the interview responses were studied. It can be concluded, finally, that the servants who now work in the office are individuals capable of understanding what are those emotional characteristics that doctors must possess to make their work efficient, being they: self-awareness, emotional self-awareness, self-confidence, self-control, self confidence, conscientiousness, adaptability, self-motivation, willingness to succeed, initiative, optimism, empathy, understanding others, service orientation, relationship in groups, influence, communication, conflict management, building bonds, collaboration and cooperation, and team capabilities. It was also realized that these abilities are aligned with the mission, vision and values of the organ.