Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorGuazzelli, Cesar Augusto Barcellospt_BR
dc.contributor.authorSerres, Sérgio Albertopt_BR
dc.date.accessioned2019-03-01T02:28:09Zpt_BR
dc.date.issued2018pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/189101pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho trata sobre a representação do gaúcho em Roberto Fontanarrosa, desenhista, escritor e humorista argentino, criador do personagem gaucho Inodoro Pereyra, el renegau, publicado com grande sucesso na Argentina entre 1972 a 2007. Durante o século XIX, a representação do gaúcho como malo ou bueno pela literatura esteve associada as disputas políticas entre os distintos projetos para a consolidação da nação argentina. Colocando a dualidade civilização e barbárie como questão nacional, a proposta eurocêntrica sarmentiana de eliminação do gaúcho foi respondida pela inclusiva do Martín Fierro de José Hernandez, com a oposições entre unitarios e federales, cidade-campanha, culto-popular, entre outras, cristalizando o imaginário de “duas argentinas”. No início do século XX, a elevação do gaúcho a símbolo identitário nacional coloca-se como resposta institucional conservadora ante as transformações sociais inquietantes advindas com a imigração em massa de europeus. Neste sentido, entende-se a revalorização do poema Martín Fierro, por Leopoldo Lugones, e o gaúcho ideal Don Segundo Sombra, de Ricardo Güiraldes: forte, mas não violento, destro, honrado e trabalhador, D. Segundo ensina a seu pupilo guacho que um verdadeiro gaúcho pode ser estancieiro e aprender francês, pois ser gaúcho é algo que se leva dentro de si O surgimento do gaúcho Inodoro Pereyra, nos anos 1970, se dá no contexto em que esta ressignificação conciliatória do gaúcho como identidade nacional, proposta como o fechamento da questão civilização e barbárie e da existência de “duas argentinas”, está remarcada pelo folclore e o nacionalismo cultural de então. A questão do trabalho é se o humor e o gaúcho Inodoro Pereyra de Fontanarrosa, consagrado pelo público argentino, sancionam ou subvertem o gaúcho como ser identitário e solução simbólica à questão das “duas argentinas”. Com base na antologia de 20 anos do personagem, selecionou-se algumas tiras para observar-se como a dinâmica do humor se relaciona com os estereótipos que sustentam aquela identidade unívoca. Observamos que em sua busca pelo risível, tanto as questões (como civilização e barbárie, nacional e estrangeiro, campo e cidade, unitários e federais, culto-popular, entre outras) como as respostas propostas por discursos unívocos, essencialistas e naturalizados, que permeiam o imaginário compartilhado entre o autor e seus leitores, são parodiados e deslocados, revelando seus vazios e absurdos, bem como seus reais interesses frente a outras identidades e realidades ocultadas por aqueles discursos, resultando numa atualização identitária, identidade política produzida na inter-relação com outras referências reconhecidas como legítimas.pt_BR
dc.description.abstractEste trabajo trata sobre la representación del gaucho en Roberto Fontanarrosa, dibujante, escritor y humorista argentino, creador del personaje gaucho Inodoro Pereyra, “el renegau”, publicado con gran éxito en Argentina entre 1972 y 2007. Durante el siglo XIX, la representación del gaucho como “malo” o “bueno” por la literatura, estuvo asociada a las disputas políticas entre los distintos proyectos para la consolidación de la nación argentina. Presentando la dualidad civilización y barbarie como asunto nacional, la propuesta eurocéntrica sanmartiniana de eliminación del gaucho fue respondida por la inserción del Martín Fierro de José Hernández, con la oposición entre unitarios y federales, ciudad/campo , culto/popular, entre otras, cristalizando el imaginario de dos argentinas. A inicios del siglo XX, la elevación del gaucho a símbolo identitario nacional se presenta como respuesta institucional conservadora frente a las transformaciones sociales inquietantes advenidas con la inmigración en masa de europeos. En este sentido, se entiende la revalorización del poema Martín Fierro, por Leopoldo Lugones, y el gaucho ideal Don Segundo Sombra, de Ricardo Guiraldes: fuerte, pero no violento, diestro, honrado y trabajador, D. Segundo enseña a su pupilo “guacho” que un verdadero gaucho puede ser estanciero y aprender francés, pues ser gaucho es algo que se lleva dentro de sí El surgimiento del gaucho Inodoro Pereyra, en el año 1972, se da en el contexto en que esta resignificación conciliadora del gaucho como identidad nacional, propuesta como cierre de la cuestión civilización y barbarie y de la existencia de “dos argentinas”, está remarcada por el folclore y el nacionalismo cultural de entonces. El objetivo del trabajo es cuestionar si el humor y el gaucho Inodoro Pereyra de Fontanarrosa, consagrado por el público argentino, sancionan o subvierten el gaucho como ser identitario y solución simbólica a la problemática de las “dos argentinas”. Con base en la antología de 20 años del personaje, fueron seleccionadas algunas tiras para observar cómo la dinámica del humor se relaciona con los estereotipos que sustentan aquella identidad unívoca. Observamos que en su búsqueda por lo risible, tanto las cuestiones (como civilización y barbarie, nacional y extranjero, campo y ciudad, unitarios y federales, culto/popular, entre otras) como las respuestas por discursos unívocos, esencialistas y naturalizados, que permean el imaginario compartido entre el autor y sus lectores, son parodiados y dislocados, revelando sus vacíos y absurdos, así como sus reales intereses frente a otras identidades y realidades ocultadas por aquellos discursos, resultando en una actualización identitaria política producida en la interrelación con otras referencias reconocidas como legítimas.es
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectFontanarrosa, 1944-2007pt_BR
dc.subjectGaúchos/gauchoses
dc.subjectGaúcho : Argentinapt_BR
dc.subjectHistorietaes
dc.subjectHistória em quadrinhospt_BR
dc.subjectHumorismo ilustrado argentinoes
dc.subjectInodoro Pereyra (personaje ficticio)es
dc.subjectHumorismopt_BR
dc.subjectIdentidade nacional : Argentinapt_BR
dc.subjectHistória da Argentinapt_BR
dc.subjectFolclorept_BR
dc.title“¡La vida se está poniendo muy contemporánea, Don Inodoro!” : identidade gauchesca e humor em Roberto Fontanarrosa (1972-1992)pt_BR
dc.typeTrabalho de conclusão de graduaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001085555pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2018pt_BR
dc.degree.graduationHistória: Bachareladopt_BR
dc.degree.levelgraduaçãopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples