Palavra como propositora de aprendizagem no ensino da arte

Abstract

O presente trabalho busca destacar a palavra como instrumento que possibilite encontros mais ricos nas aulas de artes ao pensá-la como potência para trocas culturais e experiências com a arte no ambiente escolar. Seu alvo são estudantes de nível escolar básico e professores arte educadores. Partindo de palavras oriundas do cotidiano dos estudantes, através da criação e recitação de contos, e ênfase em certas palavras, pretendo leválos a seu próprio potencial colaborativo, interventivo e criativo nas aulas de artes. Há o interesse em promover a experimentação de uma prática que ressignifique a palavra, tornando-a instrumento aberto a trocas de experiências entre estudantes e professores. Experimentar como a palavra se relaciona ao ambiente, às formas, aos ritmos, às cores, às sonoridades e com nosso arcabouço de memórias, é a intenção desta pesquisa. Utilizam-se exercícios de seleção e recorte de imagens, grafismos e produção de texto individual e coletivo. Partindo de materiais diversificados, busca-se a percepção das diversas camadas da palavra, que pode se permitir traduzir partindo da sonoridade; do significado objetivo ou interpretação pessoal; do lugar comum e do diálogo com o outro, até atingir o autoquestionamento. Viso a construção de experiências práticas em aula, que desencadeiem novos olhares e posturas na relação entre a recepção e o próprio processo de produção dentro da criação artística na escola. A busca de referências aconteceu a partir dos objetos propositores de Lygia Clark, por sua característica de permitirem permutações únicas no tempo entre objeto e sujeito. O propósito de estabelecer a palavra como propositora para a aprendizagem no ensino da arte é nada mais do que vêla como uma porta convidativa às experiências. Nas referencias teóricas Fernando Hernández destacando o papel do educador de arte como alguém que busca tornar o aprendizado um campo aberto a elas. Virgínia Kastrup por reforçar a importância da afetividade para o ensino de arte. Lev Vygotsky por ver a aprendizagem como uma experiência social mediada pela utilização de instrumentos e signos como linguagem falada e a escrita e o meio na troca de experiências.

The study pursues highlighting the word like a device that allow richer encounters in art classes thinking about it like a power that exchanges cultures and art experience at the art classes. It aim at a basic level students and art educators. Throughout recurrent words of students with creation and recitation of tales and emphasis on certain words to help take them to their own collaborative and creative potential. Promote an exercise experimentation that resignify the word making it an open instrument to experience exchange between students and art educators. To test words and know how is your relation with environment, shapes, rhythms, colors, sounds and with our memories. There are exercises of selection and cutting of graphic images, production of individual and collective text. From diversified materials one searches for the perception of the several layers of the word that can be allowed to translate, starting from the sonority of objective meaning or personal interpretation of the common places and of the dialogue with the other until reaching self-questioning. Aiming at the construction of practical experiences in class that trigger new looks and postures in the relationship between reception and the production process itself within artistic creation in school. Aiming at the construction of practical experiences in class, that trigger new looks and postures in the relationship between reception and the production process itself within artistic creation in school. The search for references came from the propositional objects of Lygia Clark, because they allow for unique permutations in time between object and subject, since the purpose of establishing the word as a proposer for learning in the teaching of art is nothing more than seeing it, as an inviting door to experiences. Hernando Hernández highlighting the role of art educator as someone who seeks the learning like an open field to experience. Lev Vygotsky for seeking learning as a social experience mediated by the use of instruments and signs as spoken language and the writing in the exchange of experiences.