Hospitalizações por esquizofrenia no Rio Grande do Sul, 2009 - 2011
Fecha
2014Autor
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Nivel académico
Especialización
Resumo
Contexto: A Esquizofrenia é uma doença mental com elevado comprometimento funcional ao longo da vida, caracterizando-se como um quadro crônico e de difícil tratamento. A política de saúde mental no Brasil foi alterada pela Lei 10.216/2001 que visou a desinstitucionalização dos pacientes psiquiátricos, o que afeta as taxas de hospitalização. Objetivo: Dimensionar as hospitalizações por Esquizofrenia de residentes no estado do Rio Grande do Sul, no período de 2009 a 2011. Método: Estudo epidemiol ...
Contexto: A Esquizofrenia é uma doença mental com elevado comprometimento funcional ao longo da vida, caracterizando-se como um quadro crônico e de difícil tratamento. A política de saúde mental no Brasil foi alterada pela Lei 10.216/2001 que visou a desinstitucionalização dos pacientes psiquiátricos, o que afeta as taxas de hospitalização. Objetivo: Dimensionar as hospitalizações por Esquizofrenia de residentes no estado do Rio Grande do Sul, no período de 2009 a 2011. Método: Estudo epidemiológico com base nos arquivos públicos do tipo “RD” do SIH/SUS. Foram investigadas as internações de residentes no Rio Grande do Sul com CID-10 F20 com foco na quantidade de hospitalizações, óbitos hospitalares, letalidade, sexo e idade, município de residência, tempo de permanência e valor reembolsado pelo SUS. Resultados: No período de 2009-2011 ocorreram 9.389 internações hospitalares (3.129,7/ano) de residentes do Rio Grande do Sul pelo diagnóstico de Esquizofrenia, representando um coeficiente anual de 29,2 internações por 100.000 habitantes no estado. Destas internações, 6.290 (66,9%) foram de indivíduos do sexo masculino, sobretudo na faixa etária entre 25 e 29 anos (16,3%). O maior número de internações do sexo feminino ocorreu na faixa etária entre 45 a 49 anos (13,4%). A letalidade foi baixa (0,2%) tendo 21 pacientes falecido (7/ano) durante a internação (10 do sexo masculino e 11 do sexo feminino). Observou-se que 20% de todas as internações ocorreram em Porto Alegre e 10% no município de Rio Grande. A média de permanência por hospitalização foi de 29,7 dias, com gasto médio de R$ 1.329,00. O gasto anual situou-se em torno de R$ 4,16 milhões na rede pública de saúde do estado. Considerações finais: Frente à escassez de estudos epidemiológicos sobre a Esquizofrenia no Rio Grande do Sul, o presente estudo auxilia na caracterização de fatores relacionados às hospitalizações da doença no estado e pode servir de base para examinar os impactos da reforma psiquiátrica na oferta de serviços hospitalares. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
Colecciones
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Ciencias de la Salud (1492)
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