O acervo Leopoldis-Som

Abstract

A pesquisa se dedicou ao estudo dos aparelhos do Acervo Leopoldis-Som, salvaguardados pelo Museu do Trabalho.Realizamos um breve panorama histórico da Cinegráfica Leopoldis-Som desde sua fundação na década de 2o à década de 80, enfocando a tecnologia e os funcionários. Com o passar do tempo, devido às questões tecnológicas, foi surgindo a necessidade de outros funcionários, no momento em que iniciaram uma produção contínua de documentários e a realização de filmes de longa-metragem no Estado. Dessa forma, apresentamos uma visão histórica do desenvolvimento tecnológico da Cinegráfica que utilizava o aparelho e do operador que os manipulava. A proposta partiu da necessidade de registrar as especificidades técnicas dos diferentes aparelhos devida à escassez de informações tanto no sentido de como manipular esses aparelho quanto sobre a sua programação proveniente do fabricante. Para desenvolver essa pesquisa nos baseamos nos conceitos de Flusser que considera o aparelho como o codificador de informação e que coloca os limites técnicos da própria produção da imagem. Entender uma filmadora como um aparelho de imagens técnicas permite compreender sua funçãomais ampla se relacionada com as imagens técnicas da qual resulta. De Richard Senett compreende-se a atuação do artífice na fabricação, considerando que Italo Majeroni, o criador da Cinegráfica, fabricou aparelhos para a produção de seus filmes. Além disso, foram pesquisados notícias em jornais dos anos de 1937 e 1945. Teve como finalidade a elaboração de uma ficha de documentação museológica para as câmeras, e projetores do Acervo, que abrangesse o operador, o fabricante, a potencialidade técnica de cada aparelho, capazes de evidenciar os limites de cada um deles com o intuito de facilitar o acesso à informação trazida pelo objeto.