Homoparentalidade : novas luzes sobre o parentesco
Fecha
2008Resumo
Tendo como inspiração o trabalho de Kath Weston e outras antropólogas que pesquisam principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, revisito neste artigo diferentes elementos da noção de “Família que Escolhemos”. Na primeira parte, os exemplos que trago ressaltam o quanto certos casais lésbicos, recorrendo às novas possibilidades legislativas e tecnológicas, recriam as ideologias de parentesco. Se, nesses primeiros exemplos, a escolha aparece como algo positivo – um direito reprodutivo, a se ...
Tendo como inspiração o trabalho de Kath Weston e outras antropólogas que pesquisam principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, revisito neste artigo diferentes elementos da noção de “Família que Escolhemos”. Na primeira parte, os exemplos que trago ressaltam o quanto certos casais lésbicos, recorrendo às novas possibilidades legislativas e tecnológicas, recriam as ideologias de parentesco. Se, nesses primeiros exemplos, a escolha aparece como algo positivo – um direito reprodutivo, a ser reivindicado junto às instâncias políticas –, na segunda parte dessa discussão, em que considero o exemplo da adoção internacional, passo a questionar a idéia de escolha individual. Aqui, a homoparentalidade, assim como outras formas familiares contemporâneas, são vistas como “co-produções” que envolvem – além de valores culturais – lei, tecnologia e dinheiro. ...
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Estudos feministas. Florianópolis. Vol. 16, n. 3 (set./dez. 2008), p. 769-783
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