Hospitalizações na rede pública por amputação traumática de membros inferiores de adultos residentes na Região Metropolitana de Porto Alegre/RS no período de 2008 a 2010
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Data
2013Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Assunto
Resumo
Introdução/contexto: A amputação de membros inferiores gera custos diretos e indiretos que se constituem importante desafio para a saúde pública no país, interfe-rindo também na capacidade laborativa da população. Amputações registradas co-mo de natureza traumática podem em realidade dever-se a causas não traumáticas como diabetes mellitus ou outras doenças. Objetivo: Caracterizar as hospitaliza-ções na rede pública de adultos residentes na Região Metropolitana de Porto Ale-gre/RS (RMPA/RS) por ...
Introdução/contexto: A amputação de membros inferiores gera custos diretos e indiretos que se constituem importante desafio para a saúde pública no país, interfe-rindo também na capacidade laborativa da população. Amputações registradas co-mo de natureza traumática podem em realidade dever-se a causas não traumáticas como diabetes mellitus ou outras doenças. Objetivo: Caracterizar as hospitaliza-ções na rede pública de adultos residentes na Região Metropolitana de Porto Ale-gre/RS (RMPA/RS) por amputação traumática de membros inferiores (MsIs) no perí-odo de 2008 a 2010. Metodologia: Análise das hospitalizações de residentes na RMPA/RS com 20 ou mais anos, internados no RS, com diagnóstico principal CID-10 S88 (amputação traumática da perna) ou S98 (amputação traumática do tornoze-lo e pé) a partir do Sistema de Informações Hospitalares (SIH)/SUS, disponíveis pu-blicamente. Cálculo de coeficientes por sexo, faixas etárias, evolução de casos para UTI, óbitos, dias de permanência das internações e gastos. Trabalho realizado no âmbito do projeto aprovado pelo CEP/Hospital de Clínicas de Porto Alegre sob nº 10056. Resultados: Foram registradas 786.898 internações de residentes na RMPA/RS entre 2008 e 2010 entre as quais 124 (0,01%) por diagnóstico principal de amputação traumática de MsIs (41,3/ano). Duas internações (1,6%) foram realizadas em São Paulo e 122 (98,4%) no Rio Grande do Sul das quais 114 (93,4% ou 1,3/100.000hab./ano) em residentes com 20 ou mais anos (1,8% na faixa etária). Entre essas, o sexo masculino predominou (88 ou 77,2% vs. 26 ou 22,8% para o feminino). As faixas etárias 45-49, 55-59 e 60-64 anos destacaram-se em números absolutos (13 internações ou 11,4% em cada faixa; 1,5/100.000hab./ano; 2,2/10.000hab./ano e 2,8/100.000hab./ano respectivamente), porém a de 80 e mais anos predominou em coeficiente populacional (5,2/100.000hab./ano; 10 casos ou 8,8%). O tempo médio de permanência foi de 7,6 dias e a letalidade de 6,1%. Houve utilização de Unidade de Tratamento Intensivo em 8 (7,0%) hospitalizações. Ampu-tações traumáticas do tornozelo e do pé (CID-10 S98) foram o diagnóstico mais co-mum (82 ou 71,9%) seguindo-se das da perna (CID-10 S88)(32 ou 28,1%). Os mu-nicípios com mais residentes internados foram Porto Alegre (21), Novo Hamburgo (21) e Canoas (13). O gasto médio anual do SUS foi de R$ 29,4 mil/ano e valor mé-dio por internação de R$ 772,56 (R$ 101,70/dia). Considerações finais: A propor-ção e a incidência em faixas etárias mais avançadas em relação às mais jovens e a localização (tornozelo e pé) sugerem que as causas das internações possam ser de natureza não traumática, como complicações por diabetes mellitus, ao invés do di-agnóstico principal de internação como “amputação traumática”. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
Coleções
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Ciências da Saúde (1529)
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