Preferência pela liquidez dos bancos durante a crise subprime

Abstract

Os mercados financeiros ficaram mais expostos às influências externas a partir da integração das economias internacionais que ocorreu nas últimas décadas. Consequentemente, os efeitos da Crise do Subprime difundiram-se rapidamente no mercado financeiro mundial, causando a deterioração das expectativas sobre a atividade econômica. Desta forma, os estudos sobre os efeitos da crise são relevantes para contribuir no modo de atuar neste ambiente, marcado por incertezas, onde a tomada de decisão reflete na lucratividade dos agentes, principalmente, dos bancos, que são fomentadores e exercem influência direta no desempenho e na liquidez da economia. Neste sentido, este estudo pretende demonstrar os impactos dos choques externos originados pela crise financeira na preferência pela liquidez do público e dos bancos, além de averiguar as reações do mercado quanto à escolha de ativos financeiros líquidos por meio do comportamento da captação e aplicação de recursos das instituições financeiras durante o ano de 2008 em comparação com o período de 2003 a 2007. Para cumprir essa proposição, é realizada uma fundamentação teórica sobre a preferência pela liquidez, com enfoque nos depósitos captados e nas operações de crédito concedidas pelas instituições financeiras; e também uma abordagem quantitativa que demonstra que os bancos e seus clientes optaram por ativos financeiros líquidos e de menor risco, ou seja, o nível de preferência pela liquidez desses agentes alterou durante o agravamento da Crise do Subprime, que caracteriza o contágio no País.