Trapped in paradise : spectacle and hyperreality in Kit Reed's Magic Time

Abstract

This thesis analyzes the novel Magic Time (1980), by Kit Reed, focusing on society’s relation with entertainment and on how media shapes the human perception of reality. The novel is set in a resort and theme park called Happy Habitat, where wealthy people take part in simulations of real events in history and watch 24-hour transmissions of people taken to the theme park unwillingly, who are trying to escape from there. Most of the Happy Habitat’s guests do not seem to care about what the people they are watching are going through, or about the implications of the product they consume. The focus of the research is the analysis of the simulations in the story, through an investigation of the sociological aspects represented in Magic Time. The thesis is structured in two chapters. The first contextualizes the discussion, with information about science fiction as a genre; about the author and her vast body of work; and about the critics and theorists who help define the concepts used in the analysis. Among them we have Jean Baudrillard (1994, 1998), Guy Debord (1995) and Neil Postman (2005). The second chapter presents my analysis of the novel, divided into three sections, one dealing with the use of simulations and the loss of their references, one focusing on the relation of the characters with spectacle and appearances, and one on how consumerism ties all of the mentioned elements together. This work aims to contribute to further discussion about these themes, in and outside the fictional realm, as well as about our role as media consumers.

Esta dissertação analisa o romance Magic Time (1980), escrito por Kit Reed, focando na relação entre a sociedade e o entretenimento e em como a mídia molda a percepção humana da realidade. O romance se passa em um resort chamado Happy Habitat, onde indivíduos abastados participam de simulações de eventos históricos e assistem a transmissões 24 horas de pessoas levadas ao parque temático contra sua vontade, e que estão tentando escapar de lá. A maioria dos hóspedes de Happy Habitat não parece se importar com o que as pessoas a quem estão assistindo estão passando, nem com as implicações do produto consumido por eles. O foco desta pesquisa é analisar as simulações da narrativa através de uma investigação dos aspectos sociológicos representados em Magic Time. A dissertação está estruturada em dois capítulos. O primeiro contextualiza a discussão, com informações sobre o gênero de ficção científica; sobre a autora e sua vasta produção; e sobre os críticos e teóricos que ajudam a definir os conceitos usados na análise. Entre eles, temos Jean Baudrillard (1994, 1998), Guy Debord (1995) e Neil Postman (2005). No segundo capítulo, minha análise do romance é apresentada, dividida em três seções, uma sobre o uso de simulações e a perda de suas referências, uma focando na relação dos personagens com espetáculo e aparências, e uma sobre como o consumismo amarra todos os elementos mencionados anteriormente. Com esta pesquisa, busco contribuir para o aprofundamento da discussão sobre esses temas dentro e fora da ficção, bem como sobre o nosso papel como consumidores.