Ensino de língua inglesa voltado às ciências da saúde : uma revisão de escopo

Abstract

O ensino da língua inglesa no contexto das Ciências da Saúde tem sido abordado por diferentes perspectivas epistemológicas e metodológicas. Este artigo apresenta uma revisão de escopo cujo objetivo é mapear a produção científica recente sobre o ensino e a aprendizagem do inglês para fins acadêmicos e profissionais na formação de estudantes universitários da área da saúde. Adotou-se uma metodologia de busca sistemática em seis bases de dados (SCIELO, ERIC, Web of Science, PUBMED, SCOPUS e TAYLOR), resultando na seleção de 36 artigos publicados entre 2015 e 2024. Os dados foram organizados e analisados com base em critérios quantitativos e qualitativos. Os resultados revelaram a predominância de publicações oriundas de países da semiperiferia, com concentração em cursos de Medicina e forte uso do inglês como língua de publicação. As temáticas recorrentes envolveram o uso de tecnologias digitais, estratégias de escrita acadêmica, produção de materiais didáticos e inovações pedagógicas como sala de aula invertida e aprendizagem baseada em problemas. Conclui-se que há, no campo, uma diversidade epistemológica, metodológica e terminológica, e que este carece de investigações mais diversificadas para além da área da medicina, bem como de mais trabalhos de síntese de literatura focando em sua descrição e sistematização.

English Language teaching in the context of Health Sciences has been approached from different epistemological and methodological perspectives. This article presents a scoping review aimed at mapping recent scientific production on the teaching and learning of English for academic and professional purposes in the training of university students in the health field. A systematic search methodology was designed and utilized in six databases (SCIELO, ERIC, Web of Science, PUBMED, SCOPUS and TAYLOR), resulting in the selection of 36 articles published between 2015 and 2024. The data was organized and analyzed based on quantitative and qualitative criteria. The results revealed a predominance of publications from semi-peripheral countries, with a concentration on medical courses and a strong use of English as the language of publication. The recurring themes involved the use of digital technologies, academic writing strategies, the production of teaching materials and pedagogical innovations such as the flipped classroom and problem-based learning. The conclusion is that the field has an epistemological, methodological and terminological diversity, but lacks more diversified research beyond the area of medicine, as well as more literature synthesis work focusing on its description and systematization.