Pontos de corte de calprotectina fecal que predizem remissão histoendoscópica em pacientes com retocolite ulcerativa
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Data
2025Autor
Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
Trata-se de um estudo prospectivo que avaliou a correlação entre a calprotectina fecal e a atividade da retocolite ulcerativa, medida pelo escore endoscópico de Mayo e o escore histológico de Geboes, em pacientes em remissão clínica da doença. Foram incluídos 253 pacientes com uma idade média de 38,2 anos. Como resultados, o estudo mostrou que o valor de calprotectina fecal ≥ 123 μg/g prediz um escore endoscópico de Mayo > 0 com uma sensibilidade de 58% e especificidade de 70%, auxiliando també ...
Trata-se de um estudo prospectivo que avaliou a correlação entre a calprotectina fecal e a atividade da retocolite ulcerativa, medida pelo escore endoscópico de Mayo e o escore histológico de Geboes, em pacientes em remissão clínica da doença. Foram incluídos 253 pacientes com uma idade média de 38,2 anos. Como resultados, o estudo mostrou que o valor de calprotectina fecal ≥ 123 μg/g prediz um escore endoscópico de Mayo > 0 com uma sensibilidade de 58% e especificidade de 70%, auxiliando também na diferenciação entre os escores endoscópicos de Mayo 0 e 1 (sensibilidade de 61% e especificidade de 70%). Além disso, o valor de calprotectina fecal ≥ 80 μg/g identificou atividade histológica da doença utilizando o escore de Geboes > 3,1 em pacientes em remissão clínica (sensibilidade de 64,7% e especificidade de 58,7%). Considerando o escore de Geboes > 2, uma calprotectina fecal ≥ 50 μg/g é o ponto de corte mais clinicamente relevante para identificar pacientes em remissão clínica, mas com inflamação histológica ativa (sensibilidade de 49,6% e especificidade de 41,6%). Em conclusão, o estudo demonstra que a calprotectina fecal apresenta uma forte correlação com a atividade endoscópica e histológica na retocolite ulcerativa, podendo ser utilizada como um marcador substituto da atividade inflamatória. Na prática clínica, devem ser escolhidos pontos de corte mais baixos de calprotectina fecal para otimizar a identificação de pacientes com atividade endoscópica e histológica em curso. Estudos de maior escala, que busquem a combinação de múltiplos biomarcadores não invasivos, são necessários para aprimorar a acurácia na distinção da remissão profunda. ...
Abstract
This prospective study evaluated the correlation between fecal calprotectin and disease activity in ulcerative colitis, as measured by the Mayo endoscopic score and the Geboes histologic score, in patients in clinical remission. A total of 253 patients were included, with a mean age of 38.2 years. The study findings indicate that a fecal calprotectin level ≥ 123 μg/g predicts a Mayo endoscopic score > 0 with a sensitivity of 58% and specificity of 70%, also aiding in the differentiation between ...
This prospective study evaluated the correlation between fecal calprotectin and disease activity in ulcerative colitis, as measured by the Mayo endoscopic score and the Geboes histologic score, in patients in clinical remission. A total of 253 patients were included, with a mean age of 38.2 years. The study findings indicate that a fecal calprotectin level ≥ 123 μg/g predicts a Mayo endoscopic score > 0 with a sensitivity of 58% and specificity of 70%, also aiding in the differentiation between Mayo endoscopic scores 0 and 1 (sensitivity of 61% and specificity of 70%). Furthermore, a fecal calprotectin level ≥ 80 μg/g identified histologic disease activity using a Geboes score > 3.1 in patients in clinical remission (sensitivity of 64.7% and specificity of 58.7%). Considering a Geboes score > 2, a fecal calprotectin level ≥ 50 μg/g represents the most clinically relevant cutoff to identify patients in clinical remission with active histologic inflammation (sensitivity of 49.6% and specificity of 41.6%). In conclusion, this study demonstrates that fecal calprotectin strongly correlates with endoscopic and histologic disease activity in ulcerative colitis and can serve as a surrogate marker of inflammatory activity. In clinical practice, lower fecal calprotectin thresholds should be selected to optimize the identification of patients with ongoing endoscopic and histologic disease activity. Largerscale studies combining multiple noninvasive biomarkers are needed to further enhance the accuracy of distinguishing deep remission. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências em Gastroenterologia e Hepatologia.
Coleções
-
Ciências da Saúde (9610)Gastroenterologia (238)
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