Associação entre nível assistencial e intercorrências clínicas e nutricionais de recém-nascidos internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal : estudo de coorte Maternar
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2025Tutor
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Resumo
Introdução: O Brasil contabiliza alta prevalência de prematuridade, baixo peso ao nascer (BPN) e frequente superlotação das maternidades em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn). No entanto, estudos que avaliam o perfil clínico e nutricional dos recém-nascidos (RNs) em UTIn e sua relação com intercorrências durante a internação são escassos. Objetivo: Verificar associação entre níveis assistenciais (NAs) determinados pelo risco nutricional e as intercorrências clínicas e nutricionais (pr ...
Introdução: O Brasil contabiliza alta prevalência de prematuridade, baixo peso ao nascer (BPN) e frequente superlotação das maternidades em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn). No entanto, estudos que avaliam o perfil clínico e nutricional dos recém-nascidos (RNs) em UTIn e sua relação com intercorrências durante a internação são escassos. Objetivo: Verificar associação entre níveis assistenciais (NAs) determinados pelo risco nutricional e as intercorrências clínicas e nutricionais (prematuridade, restrição de crescimento e vias de alimentação) em RNs internados em UTIn. Método: Estudo de coorte retrospectivo Maternar, avaliou puérperas e seus RNs em uma maternidade de referência no Sul do Brasil entre 2018 e 2020. Foram incluídos os RNs que internaram na UTIn, e pela revisão de prontuários, avaliou-se o risco nutricional via avaliação nutricional que classifica os NAs (NA2 indicativo de menor complexidade de cuidado e o NA4 de maior complexidade). Variáveis categóricas foram avaliadas por frequência absoluta e relativa e as contínuas por média e desvio padrão. Teste qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher foram utilizados. As diferenças médias foram avaliadas por ANOVA e teste de Tukey HSD. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram incluídas 1.337 puérperas e seus RNs. Destes, 264 RNs foram admitidos na UTIn e 220 atenderam os critérios de inclusão, cuja média de idade gestacional no parto foi de 37,9±3 semanas e peso médio ao nascer de 3080,2±792 g. Entre os RNs classificados como NA 3 ou 4 (28,6%), observou-se associação significativa com prematuridade (13%; p<0,001), pequeno para idade gestacional (12%; p<0,001), restrição do crescimento intrauterino (RCIU) (2%; p=0,022), malformações (7,5%; p<0,001), maior tempo de internação nos primeiros 6 meses de vida (entre 28,7±26 e 32,8±16 dias) e maior duração de uso de Nutrição parenteral (NPT) no NA 4 (33,9 ±74 dias) e de alimentação enteral (NE) no NA 3 (26,4 ±19 dias). Leite materno foi oferecido para 90% dos RNs em algum momento durante a internação, apenas 21% foram amamentados na primeira hora de vida, e 76% receberam prescrição de fórmula infantil na última dieta registrada. Cerca de 39% das mães relataram gestação de risco, com um índice de massa corporal pré-gestacional médio de 26,3±6 kg/m² (considerado sobrepeso segundo a Organização Mundial da Saúde). Conclusão: Os RNs classificados como NA 3 e 4 apresentaram maior frequência na prematuridade, RCIU e malformações, além de maior proporção dentre os pacientes em uso de NE e NPT. ...
Abstract
Introduction: Brazil has a high prevalence of prematurity, low birth weight (LBW) and frequent overcrowding in Neonatal Intensive Care Units (NICUs). However, studies assessing the clinical and nutritional profiles of newborns (NBs) in NICUs and their association with complications during hospitalization remain scarce. Objective: To investigate the association between levels of care (LC), determined by nutritional risk, and clinical and nutritional complications (prematurity, growth restriction ...
Introduction: Brazil has a high prevalence of prematurity, low birth weight (LBW) and frequent overcrowding in Neonatal Intensive Care Units (NICUs). However, studies assessing the clinical and nutritional profiles of newborns (NBs) in NICUs and their association with complications during hospitalization remain scarce. Objective: To investigate the association between levels of care (LC), determined by nutritional risk, and clinical and nutritional complications (prematurity, growth restriction, and feeding routes) in NBs admitted to the NICU. Methods: This retrospective cohort study (Maternar) evaluated postpartum women and their NBs at a referral maternity hospital in southern Brazil between 2018 and 2020. NBs admitted to the NICU were included, and nutritional risk was assessed through a nutritional screening tool, based on a review of medical records, which classified their LC (LC 2 indicating lower care complexity and LC 4 indicated higher complexity). Categorical variables were analyzed using absolute and relative frequencies, while continuous variables were described by means and standard deviation. Pearson chi-square or Fisher's exact test were used, and mean differences were evaluated using ANOVA and Tukey's HSD test. The significance level adopted was 5%. Results: A total of 1,337 postpartum women and their NBs were included. Among them, 264 NBs were admitted to the NICU, and 220 met the inclusion criteria. The mean gestational age at birth was 37.9±3 weeks, and the mean birthweight was 3,080.2±792 g. Among NBs classified as LC 3 or 4 (28.6 %), a significant association was found with prematurity (13%; p<0.001), small for gestational age (SGA) (12%; p<0.001), intrauterine growth restriction (IUGR) (2%; p=0.022), congenital malformations (7.5%); p<0.001), longer hospital stays in the first six months of life (ranging from 28.7±26 to 32.8±16 days), longer use of parenteral nutrition (PN) (33.9 ±74 days in LC 4), and longer enteral nutrition (EN) (26.4 ±19 days in LC 3). Breast milk was offered to 90% of NBs at some point during hospitalization, although only 21% were breastfed within the first hour of life, and 76% were prescribed infant formula in their last recorded feeding. Approximately 39% of mothers reported high-risk pregnancies during their interviews, with a mean pre-gestational body mass index of 26.3±6 kg/m² (considered overweight according to the World Health Organization). Conclusion: NBs classified as LC 3 and 4 showed higher frequencies of prematurity, IUGR and malformations, as well as a greater use of EN and PN during hospitalization. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
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