Reflexões sobre natureza e função da linguagem
Fecha
2010Autor
Nivel académico
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Tipo
Materia
Resumo
Inúmeros são os estudos que tomam as obras de Jean-Luc Godard como objetos de análise para investigações linguísticas, poéticas ou filosóficas. O presente trabalho aborda uma obra específica de Godard – “Viver a vida” (1962). O filme, no entanto, não é o objeto de estudo dessa empreitada. O objeto desta investigação é a linguagem. Visto que a linguagem não é algo para o qual se aponta com objetividade, o diálogo entre prostituta e filósofo, do capítulo XI do filme em questão, serve de base para ...
Inúmeros são os estudos que tomam as obras de Jean-Luc Godard como objetos de análise para investigações linguísticas, poéticas ou filosóficas. O presente trabalho aborda uma obra específica de Godard – “Viver a vida” (1962). O filme, no entanto, não é o objeto de estudo dessa empreitada. O objeto desta investigação é a linguagem. Visto que a linguagem não é algo para o qual se aponta com objetividade, o diálogo entre prostituta e filósofo, do capítulo XI do filme em questão, serve de base para que se projetem alguns questionamentos a respeito da natureza e função da linguagem. Tomando os enunciados das personagens como axiomas de uma teorização, percorre-se um caminho que tem como meta responder a pergunta: que tipo de coisa é a linguagem? E a partir da resposta obtida verifica-se qual é sua função mais primordial. O enunciado da prostituta Nana – “Eu gostaria de viver sem falar”, inicia a primeira meditação, que avalia a possibilidade de realizar tal desejo. O diagnóstico da impossibilidade de se viver sem falar abre caminho para visualizar o primeiro elemento da natureza da linguagem: sua essência processual. Em seguida, nosso questionamento volta-se para aquilo que comumente se denomina como poder da linguagem. Para tanto, é feito um exame do vocábulo poder e de como esse se manifesta na linguagem enquanto traço que separa o homem dos demais seres. No capítulo quatro, a investigação empreendida se dá com base na reclamação de Nana – “As palavras devem expressar apenas o que queremos dizer”. Neste momento, a natureza semântica da linguagem é acessada pela articulação de expressar e querer dizer como categorias nocionais. Como conclusão, a pergunta – “Então, falar é fatal?” – serve como motivação para se definir a função primeira da linguagem e dar fim a este percurso investigativo que pretende unir linguagem e vida. ...
Abstract
Several studies take Jean-Luc Godard’s oeuvre for their linguistics, poetic of philosophic investigations. The present work approaches a specific work by Godard –My life to live (1962). The film, however, is not the object of this quest. The object of this investigation is language. Since language is not something we can point out objectively, the dialog between a prostitute and a language philosopher, in the 12th chapter of the film, serves as a base to bring forth inquiries about nature and f ...
Several studies take Jean-Luc Godard’s oeuvre for their linguistics, poetic of philosophic investigations. The present work approaches a specific work by Godard –My life to live (1962). The film, however, is not the object of this quest. The object of this investigation is language. Since language is not something we can point out objectively, the dialog between a prostitute and a language philosopher, in the 12th chapter of the film, serves as a base to bring forth inquiries about nature and function of language. Taking the characters’ utterances as axioms of a theorization, we follow a path which intends to answer: what kind of thing is language? From the answer obtained, the primary function of language can be verified. To get the meditations going, the prostitute Nana’s utterance – ‘I would like to live without talking’ starts the first mediation about the impossibility of satisfying such desire and has as reason the most essential aspect of language: its process nature. Next, our questioning focuses on that which is commonly called the power of language. For that, an analysis of the word can is done and how it manifests itself in language as a trait that separates men from other beings. In the fourth chapter, the investigation is based on Nana’s complaint – ‘Words should express only what we want to say’. In this moment, the facets of language’s semantic nature are visualized articulating the term to express and to want as notional categories. Standing for a conclusion, the question – ‘So, speaking is fatal? – serves as a departure point to define the primeval function of language and to end this investigative promenade that intends to unite language and life. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Curso de Letras: Licenciatura.
Colecciones
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