Esporotricose em gatos : revisão de literatura e levantamento do perfil dos animais atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) no período de 2022 a 2024

Abstract

A esporotricose é uma zoonose causada por fungos do gênero Sporothrix, sendo os gatos os principais disseminadores da doença em áreas endêmicas. A infecção ocorre por meio do contato com solo contaminado e arranhaduras em superfícies infectadas. Os felinos acometidos apresentam lesões predominantemente na cabeça, com ulcerações e nódulos. O diagnóstico definitivo é feito por isolamento do fungo S. schenckii, sendo a citologia um método amplamente utilizado. O tratamento é prolongado e realizado com antifúngicos, como o itraconazol. Este estudo teve como objetivos revisar a literatura sobre a esporotricose e traçar o perfil dos pacientes felinos diagnosticados no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS entre 2022 e 2024. Foram analisados 48 casos, considerando variáveis como idade, sexo, raça, condição reprodutiva, acesso à rua, localização e tipo de lesão, além do método diagnóstico. Nessa retrospectiva a maioria dos animais eram machos, sem raça definida, não castrados, com acesso à rua, com idades entre zero a três anos e com lesões ulceradas, sendo a citologia o exame mais utilizado para diagnóstico.

Sporotrichosis is a zoonosis caused by fungi of the Sporothrix genus, with cats being the main disseminators of the disease in endemic areas. Infection occurs through contact with contaminated soil and scratches on infected surfaces. Affected felines present lesions predominantly on the head, with ulcers and nodules. The definitive diagnosis is made by isolation of the fungus S. schenckii, with cytology being a widely used method. Treatment is prolonged and carried out with antifungals, such as itraconazole. This study aimed to review the literature on sporotrichosis and outline the profile of feline patients diagnosed at the Veterinary Clinics Hospital of UFRGS between 2022 and 2024. Forty eight cases were analyzed, considering variables such as age, sex, breed, reproductive condition, access to the street, location and type of lesion, besides the diagnostic method. In this retrospective, most of the animals were male, of no defined breed, not castrated, with access to the street, aged between zero and three years and with ulcerated lesions, with cytology being the most commonly used test for diagnosis.