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dc.contributor.advisorSteemburgo, Thaispt_BR
dc.contributor.authorCancello, Laura Lagnipt_BR
dc.date.accessioned2025-04-23T06:56:39Zpt_BR
dc.date.issued2025pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/290666pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma disfunção metabólica que causa hiperglicemia devido à deficiência ou ação inadequada da insulina. No Brasil, o número de casos tem crescido significativamente, posicionando o país como o 5º com mais diagnósticos, e as projeções indicam aumento contínuo. O DM tipo 2 (DM2) é o mais comum, sendo agravado por fatores como alimentação inadequada e sedentarismo, que levam ao excesso de peso, resistência à insulina e maior risco da doença. As principais medidas nutricionais incluem reduzir calorias para indivíduos com sobrepeso, substituir gorduras saturadas por insaturadas, aumentar o consumo de fibras e alimentos integrais, evitar álcool, açúcar adicionado e, principalmente, reduzir ou eliminar alimentos processados. Sobre os alimentos processados, eles são classificados de acordo com seu grau de processamento e distribuído em quatro categorias segundo a ferramenta NOVA: (1) alimentos in natura ou minimamente processados; (2) ingredientes culinários processados; (3) alimentos processados e, (4) alimentos ultraprocessados. Neste sentido, com o aumento da incidência de casos de DM2 no Brasil, é de suma importância mais estudos que avaliem o padrão alimentar, grupos e tipos de alimentos, em especial, dos alimentos processados no desenvolvimento do DM2. Objetivo do estudo: Avaliar a associação entre o consumo de alimentos in natura e preparações culinárias processadas e o risco de incidência do DM2 em adultos brasileiros. Metodologia: Este estudo prospectivo acompanhou 3808 participantes livres de DM2 no início, ao longo de 6 anos, com avaliações bienais. O consumo alimentar foi medido no início por um questionário semiquantitativo validado no Brasil, com 144 itens, e o consumo de ultraprocessados [% do valor calórico total (VCT]) foi classificado pelo sistema NOVA. A incidência de DM2 foi definida com base em glicemia de jejum ≥126 mg/dl, diagnóstico médico ou uso de hipoglicemiantes/insulina nos questionários de acompanhamento. Foi utilizada regressão de Poisson para calcular a razão de taxa de incidência (IRR) e IC95%, avaliando a associação entre consumo de alimentos in natura/ingredientes culinários e DM2. Um gráfico acíclico direto (DAG) foi construído para identificar covariáveis e incluí-las de forma hierarquizada por fatores sociodemográficos (sexo, idade, cor da pele, renda), comportamentais (álcool, tabagismo, atividade física) e de saúde (sobrepeso, IMC ≥ 25 kg/m²). Também foi testada a interação entre atividade física e consumo alimentar. As análises foram realizadas nos softwares Stata 14.0 e DAGitty 3.0, considerando p < 0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Após 6 anos de acompanhamento, foram registrados 103 casos incidentes de DM2. A idade média dos participantes foi 34 anos, 65,1% eram mulheres, ~65% de cor branca, 8,7% fumavam, 39,1% consumiam álcool ocasionalmente e 55,8% praticavam atividade física. Indivíduos sem DM2 eram mais fisicamente ativos (98,1% vs. 1,9%; p = 0,002) e apresentaram menor IMC (24,7 vs. 28,1 kg/m²; p <0,001) comparados aos participantes sem DM2. Em relação ao consumo de alimentos processados, o consumo médio de alimentos in natura foi de 59,6 g/dia (16,9% do VCT) e de ingredientes culinários processados foi de 5,8 g/dia (6,2% do VCT). Não houve diferenças significativas no consumo de alimentos processados entre os grupos com e sem DM2. Na regressão de Poisson ajustada por variáveis sociodemográficas, o maior tercil de consumo de alimentos in natura foi associado a uma redução de 43% na incidência de DM2 (IRR = 0,57; IC95%: 0,34–0,96). Entretanto, essa associação perdeu significância ao incluir a atividade física no modelo. No teste de sensibilidade, retirando a atividade física e mantendo o sobrepeso, a associação permaneceu significativa (IRR = 0,57; IC95%: 0,33–0,93). Ao combinar alimentos in natura e ingredientes culinários processados, o consumo no segundo (IRR = 0,58; IC95%: 0,34–0,99) e terceiro tercis (IRR = 0,59; IC95%: 0,35–0,98) foi associado a menor incidência de DM2 no modelo ajustado por variáveis sociodemográficas, mas perdeu significância com a inclusão da atividade física. No teste de sensibilidade, essa associação foi significativa para o segundo (IRR = 0,57; IC95%: 0,34–0,97) e terceiro tercis (IRR = 0,56; IC95%: 0,34–0,94). A interação com atividade física mostrou influência significativa no consumo de alimentos in natura e ingredientes processados (p = 0,028). Conclusão: O maior consumo de alimentos in natura e ingredientes culinários processados foi associado a um menor risco de incidência de DM2 em adultos brasileiros, independentemente de fatores sociodemográficos como sexo, idade, cor da pele e renda.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectComportamento alimentarpt_BR
dc.subjectIngestão de alimentospt_BR
dc.subjectIncidênciapt_BR
dc.subjectDiabetes mellitus tipo 2pt_BR
dc.subjectAlimentos in naturapt_BR
dc.subjectAdultopt_BR
dc.subjectIncidênciapt_BR
dc.subjectBrasilpt_BR
dc.titleRelação entre o consumo de alimentos in natura e ingredientes culinários com a incidência do diabetes mellitus tipo 2 em adultos brasileiros : evidências do Estudo CUME Pluspt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor-coHermsdorff, Helen Hermana Mirandapt_BR
dc.identifier.nrb001248739pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúdept_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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