Educação inclusiva e arte contemporânea EM SUSPENSÃO na formação docente : grietas na escola

Abstract

Esta pesquisa acontece no emaranhado dos campos da arte contemporânea e da educação inclusiva. Um trabalho que busca na formação docente um espaço-tempo de aprendizagem inventiva (Virgínia Kastrup) em contato com a escola enquanto lugar da experiência (Jorge Larrosa), onde nos colocamos, como docentes, abertos ao que nos passa. Espaço-tempo encontrado no estágio curricular do curso de Licenciatura em Artes Visuais, no qual pude propor encontros, e no meu Estágio Docência, que aprofundou esta pesquisa que parte das minhas vivências enquanto professora pesquisadora para conversar. A conversa se deu por meio de encontros presenciais, onde propus quatro aulas durante o Estágio Docência na turma B de “Estágio III: Docência em Artes Visuais no Ensino Médio”, e por meio de um formulário, com o qual pude acessar as demais turmas de estágio do segundo semestre de 2023 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Por esta pesquisa ser feita com um corpo pesquisador acumulador, invento um método: Suspender. Colocar em suspensão as certezas, as produções, o acúmulo que se tem, para deixar respirar e ver o que realmente deve ficar. A suspensão se inicia e segue com o emaranhado dos conceitos “arte contemporânea” (Fernando Cocchiarale; Luciana Loponte; Luis Camnitzer; Grupo de pesquisa ArteVersa) e “educação inclusiva” (Mara Sartoretto; Maria Teresa Mantoan; Débora Diniz; Anahí Melo; Tásia Wish; Carlos Skliar; Pedro Pagni), passando por meu acúmulo de produções de aulas e pela análise de encontros dos estágios e do formulário. A formação docente como aprendizagem inventiva que enlaça o corpo no agir docente vem como efeito desta pesquisa.