A saúde mental dos jovens LGBTQA+ : prevalência de transtornos mentais e fatores associados
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2024Author
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Master
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Abstract in Portuguese (Brasil)
Introdução: A adolescência é uma fase crítica para o desenvolvimento de transtornos mentais, especialmente entre jovens que se identificam como Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros ou Travestis, Queer e Assexuais (LGBTQA+). Esses indivíduos apresentam um risco aumentado de transtornos mentais quando comparados a seus pares heterossexuais cisgêneros. Diante dessa realidade, o objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de transtornos mentais entre jovens LGBTQA+ nas cidades de Porto Aleg ...
Introdução: A adolescência é uma fase crítica para o desenvolvimento de transtornos mentais, especialmente entre jovens que se identificam como Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros ou Travestis, Queer e Assexuais (LGBTQA+). Esses indivíduos apresentam um risco aumentado de transtornos mentais quando comparados a seus pares heterossexuais cisgêneros. Diante dessa realidade, o objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de transtornos mentais entre jovens LGBTQA+ nas cidades de Porto Alegre e São Paulo. Métodos: Os participantes eram jovens de 13 a 22 anos que faziam parte da terceira onda da Brazilian High-Risk Cohort for Psychiatric Disorders (n = 1475). Os transtornos mentais foram avaliados usando o Development and Well-Being Behavior Assessment. A orientação sexual, identidade de gênero e sexo biológico foram avaliadas por meio de um questionário confidencial de auto-relato. Os dados foram analisados por meio de regressões logísticas (ajustando para variáveis sociodemográficas) usando pesos amostrais para considerar a perda de participantes, bem como o desenho de superamostragem de alto risco. Resultados: 15,18% da amostra se identificou como LGBTQA+. O grupo LGBTQA+ apresentou taxas mais altas de transtornos de ansiedade (30,14% vs. 13,37%; OR = 3,37; IC95%: 2,51–4,50), transtornos depressivos (27,75% vs. 15,34%; OR = 2,17; IC95%: 1,60– 2,93) e transtorno de estresse pós-traumático (4,98% vs. 2,25%; OR = 4,20; IC95%: 2,24–7,82), em comparação com o grupo cisgênero heterossexual. Não foi encontrada diferença para transtornos de conduta (2,97% vs. 5,21%; OR = 0,82; IC95%: 0,35–1,65) ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (5,92% vs. 3,28%; OR = 1,56; IC95%: 0,83–2,79). Conclusões: Nossos resultados elucidam as disparidades na saúde mental entre pessoas LGBTQA+ e cisgêneros heterossexuais no Brasil. Destaca a necessidade de promover a inclusão dessa população na formulação de políticas e apoiar ações para mitigar o sofrimento relacionado à orientação sexual e identidade de gênero. ...
Abstract
Introduction: Adolescence is a critical phase for the development of mental disorders, especially among individuals who identify as Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender, Queer, and Asexual (LGBTQA+). These individuals face an increased risk of mental disorders compared to their cisgender heterosexual peers. Given this reality, the aim of this study was to estimate the prevalence of mental disorders among LGBTQA+ youth in the cities of Porto Alegre and São Paulo. Methods: Participants were young ...
Introduction: Adolescence is a critical phase for the development of mental disorders, especially among individuals who identify as Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender, Queer, and Asexual (LGBTQA+). These individuals face an increased risk of mental disorders compared to their cisgender heterosexual peers. Given this reality, the aim of this study was to estimate the prevalence of mental disorders among LGBTQA+ youth in the cities of Porto Alegre and São Paulo. Methods: Participants were young individuals aged 13 to 22 years who were part of the third wave of the Brazilian High-Risk Cohort for Psychiatric Disorders (n = 1475). Mental disorders were assessed using the Development and Well-Being Behavior Assessment. Sexual orientation, gender identity, and biological sex were evaluated through a confidential self-report questionnaire. Data were analyzed using logistic regressions (adjusted for sociodemographic variables) with sample weights to account for participant loss and our high-risk oversampling design. Results: 15.18% of the sample identified as LGBTQA+. The LGBTQA+ group showed higher rates of anxiety disorders (30.14% vs. 13.37%; OR = 3.37; 95% CI: 2.51–4.50), depressive disorders (27.75% vs. 15.34%; OR = 2.17; 95% CI: 1.60–2.93), and post-traumatic stress disorder (4.98% vs. 2.25%; OR = 4.20; 95% CI: 2.24–7.82), compared to the cisgender heterosexual group. No difference was found for conduct disorders (2.97% vs. 5.21%; OR = 0.82; 95% CI: 0.35–1.65) or attention-deficit/hyperactivity disorder (5.92% vs. 3.28%; OR = 1.56; 95% CI: 0.83–2.79). Conclusions: Our findings illuminate disparities in mental health between LGBTQA+ individuals and cisgender heterosexuals in Brazil. It underscores the need to promote the inclusion of this population in policy formulation and support actions to mitigate suffering related to sexual orientation and gender identity. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento.
Collections
-
Health Sciences (9216)Psychiatry (448)
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