Discriminação racial autopercebida e consumo de alimentos ultraprocessados em uma população adulta de Porto Alegre - RS
View/ Open
Date
2025Author
Advisor
Academic level
Graduation
Subject
Abstract in Portuguese (Brasil)
Desigualdade dói. Discriminação prejudica a saúde. A discriminação racial, como estressor crônico, leva ao estresse psicológico e afeta comportamentos de saúde, como comportamentos alimentares. O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação entre discriminação racial autopercebida e o consumo de alimentos ultraprocessados em adultos residentes na área central de Porto Alegre, RS. Trata-se de um estudo transversal analítico, de base populacional, composto por 399 participantes entre 20 e ...
Desigualdade dói. Discriminação prejudica a saúde. A discriminação racial, como estressor crônico, leva ao estresse psicológico e afeta comportamentos de saúde, como comportamentos alimentares. O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação entre discriminação racial autopercebida e o consumo de alimentos ultraprocessados em adultos residentes na área central de Porto Alegre, RS. Trata-se de um estudo transversal analítico, de base populacional, composto por 399 participantes entre 20 e 70 anos. A discriminação racial foi avaliada por meio da escala Experiences of Discrimination (EOD), enquanto o consumo de ultraprocessados foi mensurado utilizando um Questionário de Frequência Alimentar (QFA) validado. As análises estatísticas incluíram regressão linear múltipla com controle de fatores de confusão. Os resultados demonstraram que a discriminação racial esteve significativamente associada ao aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, mesmo após ajustes para idade. A cada ponto adicional no escore EOD, observou-se um aumento de aproximadamente 90 vezes na frequência anual de consumo de ultraprocessados. Além disso, variáveis como cor da pele, escolaridade e idade apresentaram associações relevantes tanto com a discriminação racial quanto com o consumo alimentar. Conclui-se que a discriminação racial autopercebida está associada com o consumo de alimentos ultraprocessados e é um fator determinante no comportamento alimentar, especificamente no consumo desses alimentos. Os achados deste estudo reforçam a importância do combate ao racismo estrutural como medida para a redução de iniquidades em saúde no Brasil. Este estudo inova ao medir diretamente o impacto da discriminação racial na alimentação em uma população brasileira, fornecendo subsídios para políticas públicas antirracistas que promovam o acesso equitativo à alimentação justa e saudável. ...
Abstract
Inequality hurts. Discrimination harms health. Racial discrimination, as a chronic stressor, leads to psychological stress and affects health behaviors, including eating habits. This study aimed to evaluate the relationship between self-perceived racial discrimination and the consumption of ultra-processed foods among adults residing in central Porto Alegre, RS. This cross-sectional, population-based study included 399 participants aged between 20 and 70 years. Racial discrimination was assesse ...
Inequality hurts. Discrimination harms health. Racial discrimination, as a chronic stressor, leads to psychological stress and affects health behaviors, including eating habits. This study aimed to evaluate the relationship between self-perceived racial discrimination and the consumption of ultra-processed foods among adults residing in central Porto Alegre, RS. This cross-sectional, population-based study included 399 participants aged between 20 and 70 years. Racial discrimination was assessed using the Experiences of Discrimination (EOD) scale, while ultra-processed food consumption was measured using a validated Food Frequency Questionnaire (FFQ). Statistical analyses included multiple linear regression to control for confounding factors. The results showed that racial discrimination was significantly associated with increased consumption of ultra-processed foods, even after adjusting for age. For each additional point on the EOD scale, there was an approximate increase of 90 times in the annual frequency of ultra-processed food consumption. Furthermore, variables such as skin color, education level, and age were significantly associated with both racial discrimination and food consumption patterns. In conclusion, self-perceived racial discrimination is associated with ultra-processed food consumption and is a determinant factor influencing eating behaviors, specifically the consumption of these foods. The findings of this study reinforce the importance of addressing structural racism as a measure to reduce health inequities in Brazil. This study innovates by directly measuring the impact of racial discrimination on diet in a Brazilian population, providing evidence to support anti-racist public policies that promote equitable access to fair and healthy food. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
Collections
This item is licensed under a Creative Commons License
