Um estudo de caso com o CHAT GPT sobre desinformação e saúde pública na educação em química : alcalinização do sangue e os perigos dos adoçantes no Youtube

Abstract

O presente estudo buscou evidenciar os efeitos danosos à sociedade causados pela disseminação de desinformação em redes sociais. No atual tempo histórico, a geração caracterizada pelo contato excessivo com celulares smartphones, cujo uso auxilia no fácil acesso a informações produzidas nas principais redes sociais, é denominada como sociedade do conhecimento ou informação por alguns autores. Entretanto, no mesmo recorte temporal, são observados muitos grupos negacionistas, como os movimentos antivacina e terraplanista, também impulsionados pelas redes sociais.Portanto, as mídias digitais possuem um papel fundamental na disseminação de (des)informações e, sendo assim, influenciam muitos indivíduos na forma de abordar a realidade, já que as principais redes sociais tornam-se palco para a produção de desinformação. Sendo assim, esse trabalho foi dividido em duas partes: a primeira visou realizar uma pesquisa sobre vídeos na plataforma Youtube, os quais produzem desinformação que englobam conteúdos trabalhados na educação em química: a alcalinização do sangue e os perigos dos adoçantes; já a segunda utiliza dois vídeos que foram escolhidos como referência para a disseminação de desinformações sobre os temas citados. Para evidenciar a estrutura argumentativa dos discursos gerados nos vídeos, foi designado o modelo de Toulmin. Por fim, levando em consideração a sofisticação da Inteligência Artificial (IA) nos últimos anos e sua habilidade de solucionar problemas, foi analisado como o Chat GPT responde a determinadas desinformações produzidas em ambientes digitais. As principais análises obtidas a partir desse diálogo com o Chat GPT foram a falta de referências da IA para embasar o argumento contra desinformações e o esvaziamento do debate originado nas produções digitais.

The present study aimed to highlight the harmful effects on society caused by the dissemination of misinformation on social media. In the current historical period, the generation characterized by excessive contact with smartphones, whose usage facilitates easy access to information produced on major social media platforms, is referred to as the knowledge or the information society by some authors. However, within the same timeframe, many negationist groups are observed, such as the anti-vaccine and flat earth movements, that are also fueled by social media. Therefore, digital media plays a fundamental role in the dissemination of (mis)information, influencing many individuals in their approach to reality, as major social media platforms become a stage for the production of misinformation. This work is divided into two parts: the first aimed to conduct research on videos on the YouTube platform that produce misinformation encompassing topics addressed in chemistry education: blood alkalization and the dangers of sweeteners. The second part utilizes two videos chosen as references for the dissemination of misinformation on the mentioned topics. To highlight the argumentative structure of the discourses generated in the videos, the Toulmin model was employed. Finally, considering the sophistication of Artificial Intelligence (AI) in recent years and its problem-solving abilities, an analysis was conducted on how Chat GPT responds to specific misinformation produced in digital environments. The main findings from this dialogue with Chat GPT included the AI's lack of references to support the argument against misinformation and the shallowness of the debate originating from digital productions.