O signo corrupção nos editoriais da Folha de S. Paulo durante os Governos Dilma Rousseff (2012-2016)
Fecha
2024Autor
Tutor
Nivel académico
Doctorado
Tipo
Materia
Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar a forma como o jornal Folha de S. Paulo, através de seus editoriais, realizou um processo de significação da corrupção no contexto dos governos Dilma Rousseff. Nossa análise se concentrou no período entre os anos de 2012 e 2016, compreendendo nesse recorte o julgamento do escândalo do Mensalão no STF, os movimentos de junho de 2013, o desencadear da Operação Lava Jato, a eleição de 2014 e o processo de impeachment de 2016. Nossa análise se fundamentou no ...
Este trabalho tem por objetivo analisar a forma como o jornal Folha de S. Paulo, através de seus editoriais, realizou um processo de significação da corrupção no contexto dos governos Dilma Rousseff. Nossa análise se concentrou no período entre os anos de 2012 e 2016, compreendendo nesse recorte o julgamento do escândalo do Mensalão no STF, os movimentos de junho de 2013, o desencadear da Operação Lava Jato, a eleição de 2014 e o processo de impeachment de 2016. Nossa análise se fundamentou no arcabouço teórico construído pelo Círculo de Bakhtin e de intelectuais que pensaram criticamente o neoliberalismo, a partir de diferentes enfoques. Através de nossa pesquisa, foi possível observar a forma como a Folha de S. Paulo, em seus editoriais, operacionalizou o signo corrupção como forma de criticar a política institucional como um todo, ao mesmo tempo em que pressionava o governo de Dilma Rousseff no sentido de que fossem aprovadas medidas de austeridade fiscal. A forma como a corrupção foi significada teve caráter marcadamente moralizante e, com o passar do tempo, assumiu contornos cada vez mais maniqueístas, de modo a significar o Partido dos Trabalhadores enquanto um partido da corrupção. Além disso, a estrutura argumentativa dos editorialistas buscou se apresentar como ponderada e racional, o que incluiu reiteradas defesas de formalismos jurídicos. Em nossa análise, restou claro que todo esse movimento de significação se deu com o propósito de sustentar uma agenda neoliberal para a sociedade brasileira. ...
Abstract
This work aims to analyze how the newspaper Folha de S. Paulo, through its editorials, carried out a process of signifying corruption in the context of Dilma Rousseff’s government. Our analysis focused on the period between 2012-2016, covering the Mensalão scandal tried in the Supreme Federal Court, the June 2013 movements, the unfolding of Operation Car Wash, the 2014 election, and the 2016 impeachment process. It was based on the theoretical framework proposed by the Bakhtin Circle and intell ...
This work aims to analyze how the newspaper Folha de S. Paulo, through its editorials, carried out a process of signifying corruption in the context of Dilma Rousseff’s government. Our analysis focused on the period between 2012-2016, covering the Mensalão scandal tried in the Supreme Federal Court, the June 2013 movements, the unfolding of Operation Car Wash, the 2014 election, and the 2016 impeachment process. It was based on the theoretical framework proposed by the Bakhtin Circle and intellectuals who critically examined neoliberalism from different perspectives. Through our research, it was possible to observe how Folha de S. Paulo, in its editorials, operationalized the sign of corruption to criticize institutional politics as a whole, while simultaneously pressuring Dilma Rousseff’s government to approve fiscal austerity measures. The way corruption was signified had a markedly moralizing character and, over time, took on increasingly Manichean contours, signifying the Workers’ Party as a party filled with corruption. Furthermore, the argumentative structure of the editorialists was presented as balanced and rational, which included repeated defenses of legal formalism. In our analysis, it became clear that this entire signification movement was aimed at supporting a neoliberal agenda for Brazilian society. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História.
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