Infancializar o jornalismo : as representações das crianças nas reportagens da agência mural
dc.contributor.advisor | Furtado, Thaís Helena | pt_BR |
dc.contributor.author | Ortega, Anna Carolina | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-11-30T06:50:42Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2024 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/281742 | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente pesquisa tem por objetivo compreender como as crianças são representadas nas reportagens da Agência Mural em que elas são fontes. Para isso, o estudo tem como objetivos específicos: 1) investigar as múltiplas visões sobre as infâncias e, especialmente, sobre as infâncias periféricas; 2) compreender as características do jornalismo periférico; 3) identificar como a voz das crianças é incluída nas reportagens em que elas são fontes. Como base teórica, discuto a construção histórica das infâncias, os atravessamentos étnico-raciais na vida das crianças, a construção e desconstrução de estereótipos no jornalismo e o papel da reportagem em estabelecer representações sociais de grupos historicamente sub-representados. Em termos metodológicos, utilizo como aporte teórico a Análise de Discurso de linha francesa. Defino o jornalismo periférico da Agência Mural como uma formação discursiva, que denomino como "FD do jornalismo periférico". Sob essa abordagem, analiso o discurso das crianças em sete textos, publicados entre 2018 e 2024, na Agência Mural – com o intuito de identificar as posições-sujeito que meninos e meninas ocupam e quais sentidos são acionados por essas posições. Na análise, identifiquei ao todo 11 posições-sujeito, são elas: 1) a criança que pensa nos outros; 2) a criança que brinca; 3) a criança que estuda; 4) a criança que tem aptidões; 5) a criança que ensina; 6) a criança que tem consciência política; 7) a criança que está vulnerável; 8) a criança que está em paz; 9) a criança que tem medo do julgamento; 10) a criança que segue exemplos; e 11) a criança que se emociona. As posições-sujeito da "criança que pensa nos outros" e da "criança que brinca" são as que mais possuem sequências discursivas, representando, juntas, 35,38% das incidências discursivas. Os sentidos dessas posições-sujeito estão vinculados à uma noção de coletividade, senso crítico e empatia expressas com destaque nas falas das crianças. A variedade de posições-sujeito sugere uma pluralidade de representações das crianças periféricas de São Paulo e se contrapõe a um histórico de violência e subalternidade historicamente atribuído a elas. Concluiu-se também que a predominância do discurso direto das crianças nas reportagens indica que elas têm direito à própria voz na Agência Mural. | pt_BR |
dc.description.abstract | This research aims to understand how children are represented in Agência Mural’s stories. On this purpose, the study has the following specific objectives: 1) investigate the multiple views on childhood and, especially, on peripheral childhoods; 2) understand the characteristics of peripheral and independent journalism; 3) identify how children's voices are included in the reports in which they are sources. As a theoretical basis, I discuss the historical construction of childhoods, the ethnic-racial intersections in children's lives, the construction and deconstruction of stereotypes in journalism and the role of reporting in establishing social representations of historically underrepresented groups. In methodological terms, I use French Discourse Analysis as a theoretical approach. I define the peripheral journalism of Agência Mural as a Discursive Formation, which it calls "FD of peripheral journalism". Under this approach, the study analyzes children's speech in 7 texts, published between 2018 and 2024 in Agência Mural - with the aim of identifying the subject positions that children occupy and which meanings are triggered by these positions. In the analysis, I identified eleven subject positions, they are: 1) a child who thinks about others; 2) a child who plays; 3) a child who studies; 4) a child who has skills; 5) a child who teaches; 6) a child who is politically aware; 7) a vulnerable child; 8) a child who is at peace; 9) a child who is afraid of judgment; 10) a child who follows examples; 11) a child who gets emotional. The subject positions of "child who thinks about others" and "child who plays" are those that have the most discursive sequences, representing 35,38% of the material. The meanings of this subject position are linked to a notion of collectivity, critical sense and empathy expressed prominently in the children's statements. The variety of subject positions suggests a plurality of representations of children who live in suburbs areas in São Paulo. It was also concluded that the predominance of direct speech in the stories indicates that children have the right to their own voice in Agência Mural. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Journalism | en |
dc.subject | Análise do discurso | pt_BR |
dc.subject | Criança | pt_BR |
dc.subject | Childhood | en |
dc.subject | Peripheral journalism | en |
dc.subject | Jornalismo | pt_BR |
dc.subject | Agência Mural | en |
dc.title | Infancializar o jornalismo : as representações das crianças nas reportagens da agência mural | pt_BR |
dc.type | Trabalho de conclusão de graduação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001214602 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2024 | pt_BR |
dc.degree.graduation | Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo | pt_BR |
dc.degree.level | graduação | pt_BR |
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