O racismo ambiental tem cor e CEP? : uma aproximação exploratória ao problema do racismo ambiental em Porto Alegre

Abstract

O mundo hoje está diante da crise socioambiental, agravada pelas mudanças climáticas, e, por esse motivo, pela cobertura da mídia e relatos de desastres ambientais em suas rápidas variações climáticas apresentadas a população, é que este estudo se justifica. Através da abordagem exploratória o presente trabalho buscou identificar, através do uso do conceito de racismo ambiental, as relações existentes entre as áreas de risco geológico na cidade de Porto Alegre e a etnia racial das populações que residem nessas áreas, de maneira exploratória, este trabalho busca apresentar geograficamente, como o racismo ambiental se manifesta. Como resultado, percebeu-se que os bairros com maiores índices de risco ambiental também eram os bairros constituídos majoritariamente por pessoas pretas e pardas, evidenciando o racismo ambiental que a população vem sofrendo. Portanto, buscouse explorar como o racismo ambiental e a degradação do meio ambiente, se apresenta nas condições de vida da população pobre, suburbana e consequentemente majoritariamente negra da capital porto alegrense através do olhar interseccional histórico e atual entre raça e territorialidade. Dessa forma, este estudo é possível utilizar como base inicial para futuras pesquisas e agenda de políticas públicas com foco no combate ao racismo ambiental em Porto Alegre/RS.