Distopias criminais : desnaturalizando a lógica neoliberal-religiosa do empreendedor de si
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Data
2022Tipo
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Criminal dystopias : denaturalizing the neoliberal-religious logic of the entrepreneur in himself
Distopías criminales : desnaturalizar la lógica neoliberal-religiosa del empresario del sí mismo
Assunto
Resumo
Esse artigo formaliza em conceitos e linhas de arguição articuladas sobre eventos do nosso cotidiano contemporâneo, os resultados analíticos produzidos por meio de uma narrativa ficção sobre as articulações existentes entre as lógicas do empreendedorismo, do crime e da religiosidade em seu atravessamento por um dispositivo necropolítico colonial. A ficção operou tal análise com uma redução ao absurdo: colapsando as lógicas que buscam cindir o mundo entre “vagabundos” e “cidadãos de bem”. O raci ...
Esse artigo formaliza em conceitos e linhas de arguição articuladas sobre eventos do nosso cotidiano contemporâneo, os resultados analíticos produzidos por meio de uma narrativa ficção sobre as articulações existentes entre as lógicas do empreendedorismo, do crime e da religiosidade em seu atravessamento por um dispositivo necropolítico colonial. A ficção operou tal análise com uma redução ao absurdo: colapsando as lógicas que buscam cindir o mundo entre “vagabundos” e “cidadãos de bem”. O racismo estrutural e o estigma da periculosidade criam a figura do “vagabundo” como par oposto ao trabalhador, por uma sobreposição de camadas discursivas e imagéticas que criminaliza, encarcera e extermina juventudes negras periféricas em nome da manutenção dos privilégios da branquitude. O sistema penal brasileiro é racista e classista, perpetuando a lógica moderno-colonial que entra para elaboração das políticas de segurança pública. Colapsando essa racionalidade, compreendemos que o crime organizado não funciona fora da lógica neoliberal, da moral empreendedora e conservadora vigente. A redução ao absurdo nos ajuda a olhar de outra forma para as noções de culpa, mérito e para a própria noção de trabalho, levando-a aos seus limites, transgredindo as fronteiras jurídicas, para visibilizar que ambos comungam de uma rede de valores coloniais: agressividade competitiva, disciplina, obediência à hierarquia e elevação moral. Nesse paradoxo entre a moral do crime organizado e da moralidade conservadora, visibilizamos elementos fundamentais da máquina de subjetivação do nosso tempo. ...
Abstract
This article formalizes in articulate concepts and lines of argument about events inour contemporary everyday life. We have produced, through a narrative-fiction,about the existingengagements between the logics of entrepreneurship, crime, and religiosity in their intersections by necropolitical-colonial mechanisms. The fiction has performed this analysis with a reduction to the absurd: collapsing the logic that seeks to split the world between "tramps" and "workers" or " thugs" and "goodcitizen ...
This article formalizes in articulate concepts and lines of argument about events inour contemporary everyday life. We have produced, through a narrative-fiction,about the existingengagements between the logics of entrepreneurship, crime, and religiosity in their intersections by necropolitical-colonial mechanisms. The fiction has performed this analysis with a reduction to the absurd: collapsing the logic that seeks to split the world between "tramps" and "workers" or " thugs" and "goodcitizens". The structural racism and the stigma of dangerousness create the figureof the " tramp" as an opposite pair to the worker, by an overlapping of discursive and imagetic layers that criminalizes, incarcerates, and exterminates suburbanblack youths in the name of the preservation of the privileges of whiteness. The criminal justice system in Brazil is racist and classist, perpetuating the modern-colonial approach that becomes part of the development of public security policies. We have questioned this rationality, understanding that organized crime does not function outside the neoliberal mindset, the entrepreneurial and conservative current morals. The reduction to absurd helps us to look in another way to the notions of guilt, merit and the concept of work, taking them to its limits, transgressing legal boundaries, to make visible that both share a network of colonial moral values: competitive aggressiveness, discipline, obedience to hierarchy and moral superiority. In this paradox, between the morality of the crime organized and conservational morality, we make visible fundamental elements of the machine of subjectivation of our time. ...
Resumen
Este artículo se formaliza en conceptos y líneas argumentales articuladas sobre acontecimientos de nuestra vida cotidiana contemporánea. Producimos, a partir de una narración-ficción, acerca de los engendros existentes entre las lógicas del emprendimiento, el crimen y la religiosidad en sus entrecruzamientos por los aparatos de la necropolítica-colonial. La ficción operó ese análisis con una reducciónal absurdo: desmoronando las lógicas que pretenden dividir el mundo entre" los vagos " y " los ...
Este artículo se formaliza en conceptos y líneas argumentales articuladas sobre acontecimientos de nuestra vida cotidiana contemporánea. Producimos, a partir de una narración-ficción, acerca de los engendros existentes entre las lógicas del emprendimiento, el crimen y la religiosidad en sus entrecruzamientos por los aparatos de la necropolítica-colonial. La ficción operó ese análisis con una reducciónal absurdo: desmoronando las lógicas que pretenden dividir el mundo entre" los vagos " y " los trabajadores " o " los criminales " y " los buenos ciudadanos ". El racismo estructural y el estigma de la peligrosidad crean la figura del "vago" como par opuesto al trabajador, apartir de una superposición de estratos discursivos e iconográficos que criminaliza, aprisionay extermina a la juventud negra de la periferia en nombre del mantenimiento de los privilegios de la blancura. El sistema de justicia penal brasileño es racista y clasista, perpetuando la lógica moderno-colonial que se integra en la elaboración de las políticas de seguridad publica. Nosotros cuestionamos esta racionalidad, comprendiendo que el crimen organizado no funciona al margen de la lógica del neoliberalismo, de la moral empresarial y conservadora vigente. La reducción al absurdo nos ayuda a mirar de otra manera las nociones de culpa, mérito y la propia noción de trabajo, llevándolas a sus límites, transgrediendo las fronteras legales, para hacer visible que ambas comparten una trama de valores coloniales: agresividad competitiva, disciplina, obediencia a la jerarquía y elevación moral. En esta paradoja, entre la moral del crimen organizado y la moral conservadora, se hacen visibles elementos fundamentales de la máquina de subjetivación de nuestro tiempo. ...
Contido em
Barbarói. Santa Cruz do Sul. N. 62 (dez. 2022), p. 217-240.
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