Cultura marginal, violência, antropofagia : o teatro de Julio Zanotta Vieira nos anos 1978-80
dc.contributor.advisor | Sanseverino, Antônio Marcos Vieira | pt_BR |
dc.contributor.author | Silva, Rafael da | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-10-26T06:56:46Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2024 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/280588 | pt_BR |
dc.description.abstract | O presente texto é resultado de pesquisa de mestrado acerca da obra de Julio Zanotta Vieira. O recorte do objeto da pesquisa contempla as quatro obras do autor, encenadas entre 1979 e 1980: A Divina Proporção (1978), A Felicidade não Esperneia, Patati, Patatá (1978), A Libertação do Diretor Presidente (1979) e As Cinzas do General (1980). Os textos constituem uma opção do autor pela militância por meio do engajamento artístico, uma vez que a luta armada não foi viabilizada naquele momento. Para a reconstituição dos espetáculos foram utilizados os textos encenados, registros fotográficos da época e entrevistas e críticas publicadas em periódicos no período. Foi realizada, ainda, pesquisa bibliográfica. A hipótese que balizou o estudo é de que Zanotta está inserido em um contexto de desenvolvimento histórico da produção cultural brasileira que passa por três momentos chave: os anos 1920 a 1940 e o Modernismo, os anos 1950 a 1960 e a Tropicália e os anos de 1970 e a Marginália. Esses três momentos viabilizam, gradativamente, a presença, na produção cultural hegemônica, de sujeitos e temáticas relacionados a extratos da sociedade antes presentes apenas em registro não central. Essa abertura a outros elementos da sociedade brasileira permite identificar a importância da violência como constituinte das relações sociais brasileiras, desde a chegada do colonizador, sendo possível identificá-la como um dos elementos centrais da sociedade e da cultura brasileiras. A violência, assim, constitui o centro temático da obra de Zanotta, o que demanda uma elaboração estética formal que seja capaz de dar conta desse elemento. Zanotta, portanto, age antropofagicamente na constituição dos quatro espetáculos, uma vez que devora elementos estéticos de diversas linhas teóricas que contribuam com a vitalidade de sua estética, sem prender-se a modelos específicos. A antropofagia, como metafísica ameríndia, transposta para a produção cultural, fornece o procedimento apropriado para a colocação em cena de uma proposta estética que seja adequada ao conteúdo cuja discussão Zanotta pretende realizar. | pt_BR |
dc.description.abstract | This text is the result of master's research on the work of Julio Zanotta Vieira. The scope of the research object includes the author's four works, staged between 1979 and 1980: A Divina Proporção (1978), A Felicidade não Esperneia, Patati, Patatá (1978), A Libertação do Director Presidente (1979) and As Cinzas do General (1980). The texts constitute the author's option for militancy through artistic engagement, since armed struggle was not viable at that time. To reconstruct the plays, the texts, photographic records from the time and interviews and reviews published in periodicals were used. Bibliographical research was also carried out. The hypothesis that guided the study is that Zanotta is inserted in a context of historical development of Brazilian cultural production that goes through three key moments: the years 1920 to 1940 and Modernism, the years 1950 to 1960 and Tropicália and the years of 1970 and Marginália. These three moments gradually enable the presence, in hegemonic cultural production, of subjects and themes related to extracts of the society previously present only in a non-central register. This openness to other elements of Brazilian society allows us to identify the importance of violence as a constituent of Brazilian social relations, since the arrival of the colonizer, making it possible to identify it as one of the central elements of Brazilian society and culture. Violence, therefore, constitutes the thematic center of Zanotta's work, which demands a formal aesthetic elaboration that is capable of representing this element. Zanotta, therefore, acts anthropophagically in the constitution of the four plays, as he devours aesthetic elements from different theoretical lines that contribute to the vitality of his aesthetics, without being tied to specific models. Anthropophagy, as an amerindian metaphysics, transposed to cultural production, provides the appropriate procedure for putting on stage an aesthetic proposal that is appropriate to the content whose discussion Zanotta intends to carry out. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Vieira, Julio Zanotta | pt_BR |
dc.subject | Teatro | pt_BR |
dc.subject | Antropofagia | pt_BR |
dc.subject | Cultura | pt_BR |
dc.subject | Literatura | pt_BR |
dc.title | Cultura marginal, violência, antropofagia : o teatro de Julio Zanotta Vieira nos anos 1978-80 | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001213048 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Letras | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Letras | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2024 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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